Resumo
A leprose dos citros é responsável por causar grandes danos à citricultura. Nos troncos e ramos a doença caracteriza-se por causar lesões corticosas de tonalidade avermelhada. Dependendo do estágio da doença, as lesões podem ser denominadas pústulas e apresentar fendas no sentido longitudinal. O objetivo desse estudo foi analisar a evolução das lesões da leprose do tipo CiLV - C e as alterações anatômicas nos ramos de plantas provenientes do campo a fim de compará-las com a evolução das lesões foliares e com as lesões de ramos de plantas inoculadas descritas na literatura. Para tal, amostras de lesões em diferentes estágios de desenvolvimento foram coletadas, fotografadas e fixadas em solução de Karnovsky. Posteriormente, as amostras foram submetidas à desidratação em série etílica e infiltradas em resina hidroxi-etil-metacrilato (Leica Historesin). As amostras foram seccionadas em micrótomo rotativo a 5-7 μm de espessura e coradas com azul de toluidina para as análises histológicas usuais. Também foram realizados testes histoquímicos. A captura de imagens digitais dos materiais preparados em lâminas foi realizada em microscópio equipado com câmera de vídeo. A evolução das lesões nos ramos seguiu o mesmo padrão descrito para as lesões foliares, ou seja, houve a formação de uma pontuação necrótica central e de um halo necrótico circundante. Na região da necrose havia o acúmulo de compostos lipídicos. O parênquima cortical e floemático apresentava hiperplasia. Em ambas as lesões houve a diminuição da quantidade de amido, aumento de cristais de oxalato de cálcio e a presença de ductos traumáticos gomosos.
Palavras-chave:
Citrus sinensis; cristais; ductos gomosos; amido