RESUMO
Este artigo sintetiza uma década de pesquisas realizadas em um pântano pertencente ao complexo vegetacional atlântico no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Eu proponho que este pântano é um ecossistema frágil, na medida em que seu funcionamento e sua diversidade são altamente dependentes da interação específica entre dois grupos funcionais: os geradores de sombra (árvores localmente raras) e os geradores de sítios seguros para germinação (bromélias terrestres). Esta conclusão se baseia num amplo conjunto de dados referentes à ecofisiologia, ecologia de populações e comunidades, e fitogeografia, que são revisados aqui. Eu discuto as implicações destes resultados para a conservação e restauração deste tipo de vegetação.
Palavras-chave:
crescimento clonal; epífitas; estabilidade de ecossistemas; fotossíntese; grupos funcionais; pântano