rod
Rodriguésia
Rodriguésia
0370-6583
2175-7860
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Abstract
The climate and soil conditions are important predictors of spatial patterns and alpha diversity of plant populations. The spatial distribution of plant populations provides information about ecological processes that control the communities. In this study we investigated the richness and intra and interspecific spatial patterns of ferns in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia-Cerrado transition. We described the spatial patterns by the univariate and bivariate O’ring function. We recorded four species of ferns samambaias (Trichomanes pinnatum, Lindsaea
pallida, Adiantum incertum e Campyloneurum phyllitidis). All species exhibited the intraspecific spatial pattern aggregated. A positive interspecific pattern was observed between T. pinnatum and A. incertum, and L. pallida and A. incertum, however, we did not observe spatial relations between T. pinnatum and L. pallida. The strong climatic seasonality combined with a topographic homogeneity may be influencing the low species richness. The aggregation of these species is indicative that the dispersion limitation and the habitat structuration are determining their distribution. The species positive spatial associations may be reinforced by the environmental stress during the dry season. The absence of spatial relationships may be an indication that neutrality may partially explain the distribution of ferns in the studied forest.
Introdução
O grupo das samambaias representa menos de 4% das espécies da flora vascular mundial, ainda assim, essas espécies ocupam quase todos os tipos de habitats de regiões tropicais, subtropicais, temperadas, boreais e austrais (Sharpe et al. 2010). Essa ampla distribuição geográfica é resultante das adaptações morfoecológicas adquiridas pelas samambaias durante seu longo período evolutivo e devido a sua elevada capacidade de dispersão (Moran & Smith 2001). De modo geral, em escala global, o principal fator determinante da distribuição das samambaias é o limite de dispersão inerente a cada espécie (Tuomisto et al. 2003).
Variações edáficas e topográficas ao longo do hábitat também são importantes preditores da distribuição espacial das samambaias em diferentes escalas (Tuomisto & Poulsen 1996, 2000; Tuomisto et al. 2003), bem como as relações interespecíficas de coexistência e competição (Poulsen & Balslev 1991). Por exemplo, a especialização de hábitats (e.g., edáfica e topográfica) reduz os níveis de competição interespecífica de espécies herbáceas e garante a coexistência de um maior número de espécies em escala local, porém a competição intraespecífica também pode interferir no padrão de distribuição de espécies e na densidade local de indivíduos (Poulsen & Balslev 1991; Rechenmacher et al. 2007; Chacón-Labella et al. 2014). Nesse caso, tal como previsto pela hipótese de Janzen-Connell, a agregação provocada pela limitação de dispersão dos propágulos é reduzida devido a exclusão de indivíduos por processos de mortalidade denso-dependentes, os quais promovem a distribuição aleatória ou regular nos indivíduos adultos (Janzen 1970; Connell 1971).
A formação de adensamentos populacionais é outro fator relevante em determinar a distribuição de samambaias devido ao aumento na capacidade de monopolizar os recursos do hábitat, tais como luz, nutrientes e água, e influenciar nas relações intra e interespecíficas (Slocum et al. 2004, 2006; Walker & Sharpe 2010). Esses adensamentos podem ser formados por meio da dispersão limitada dos esporos e pela reprodução vegetativa (e.g., apogamia, produção de gemas e ramificação de rizomas seguida da desintegração da conexão) (Richard et al. 2000; Sharpe et al. 2010). Embora as samambaias apresentem eficiência na dispersão, grande parte dos esporos não levada pelo vento, cai próxima ao indivíduo dispersor, configurando o limite de dispersão em pequenas escalas e conduzindo ao adensamento da população (Peck et al. 1990). Contudo, a estruturação espacial dos recursos em microescala também pode gerar o adensamento das samambaias ao induzir o crescimento massivo de indivíduos, e resultar em um padrão espacial agregado, o tipo mais comum de distribuição espacial das samambaias (Karst et al. 2005; Schmitt & Windisch 2007; Rechenmacher et al. 2007; Jones et al. 2007; Mallmann et al. 2013). Desse modo, espécies de samambaias que formam adensamentos podem apresentar dissociação espacial entre si, embora essas informações sejam insuficientes para espécies de florestas tropicais devido à escassez de estudos (Richard et al. 2000).
A maior riqueza e diversidade de samambaias estão concentradas nas regiões de florestas tropicais úmidas, pincipalmente em florestas montanas, onde a elevada heterogeneidade ambiental favorece o estabelecimento de diversas formas biológicas (Tryon 1972, 1986). As florestas da borda sul-Amazônica adquirem aspecto xeromórfico e menor porte arbóreo à medida que se aproximam do clima estacional do Cerrado, por isso, são denominadas de florestas secas, estacionais ou semideciduais (Soares 1953; Ivanauskas et al. 2004; Marimon et al. 2014). Dentre estas, destacam-se as florestas estacionais perenifólias, caracterizadas pela dominância de espécies perenes ou sempre verdes e de maior porte arbóreo em comparação com as demais fitofisionomias florestais da transição Amazônia-Cerrado, como o cerradão e as florestas estacionais semideciduais (Ivanauskas et al. 2008).
O único estudo sobre samambaias realizado em florestas estacionais na transição Amazônia-Cerrado relata baixa riqueza de espécies (Forsthofer et al. 2013). Neste caso, a elevada sazonalidade climática na região (Alvares et al. 2013) e a homogeneidade do hábitat, principalmente na topografia (Ivanauskas et al. 2004), podem explicar em parte a baixa riqueza e diversidade de espécies de samambaias nessas florestas. Em geral, a diversidade de espécies de samambaias é positivamente relacionada com o clima e com a heterogeneidade de hábitats (Zuquim et al. 2012), isto porque a distribuição do esporófito é ligada às restrições e exigências ambientais do gametófito - fase de vida das samambaias em que ocorre a reprodução sexuada, sendo altamente dependente de umidade (Sharpe et al. 2010).
Nosso estudo é o primeiro a descrever os padrões espaciais intra e interespecíficos de espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia na transição Amazônia-Cerrado. Testamos as hipóteses de que: 1) as espécies estudadas se distribuem de forma agregada no espaço devido à forte especialização de hábitat e a limitação de dispersão dos esporos (Karst et al. 2005; Jones et al. 2007; Schimit & Windisch 2007), que favorecem a agregação intraespecífica em detrimento dos outros tipos de distribuição, e 2) as espécies estudadas encontram-se negativamente associadas no espaço, uma vez que os adensamentos populacionais de samambaias inibem o crescimento de outras espécies nas proximidades devido a competição por recursos (e.g., água, luz e nutrientes) (George & Bazzaz 1999; Lyon & Sharpe 1966; Walker & Sharpe 2010).
Material e Métodos
Área de estudo
O estudo foi realizado em uma Floresta Estacional Perenifólia (10º57’29,62” S, 52º10’23,7” W; 291 m de altitude) na transição entre os Biomas Amazônia e Cerrado, no município de Porto Alegre do Norte-MT. O clima da região é do tipo Aw de Köppen, com um período seco de abril a setembro e outro chuvoso de outubro a março (Alvares et al. 2013). A precipitação e temperatura médias anuais são de 1.774 mm e 26 ºC, respectivamente (Hijmans et al. 2005). O relevo varia de plano a suave-ondulado e o solo predominante na região é do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo, geralmente profundo, distrófico, álico e com baixa capacidade de troca catiônica (Ivanauskas et al. 2004, 2008)
Coleta de dados
Realizamos a amostragem das samambaias no período chuvoso, em dezembro de 2015, em 25 parcelas de 20 × 20 m. Essas parcelas foram instaladas e vêm sendo monitoradas pela equipe do Laboratório de Ecologia Vegetal da Universidade do estado de Mato Grosso, por meio do PELD - Projeto Ecológico de Longa Duração (CNPq, Sítio TRAN) e pela RAINFOR - Rede Amazônica de Inventários Florestais. Em cada parcela, contabilizamos todos os indivíduos de samambaias que apresentavam porção vegetativa aparente e mensuramos as suas coordenadas métricas (X; Y) (Fig. 1). A contagem dos indivíduos nos adensamentos seguiu o método proposto por Zuquim et al. (2012).
Figura 1
Mapa da distribuição espacial de três espécies (Adiantum incertum, Lindsaea pallida e Trichomanes pinnatum) de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado.
Figure 1
Map of the spatial distribution of three fern species (Adiantum incertum, Lindsaea pallida and Trichomanes pinnatum) in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia- Cerrado transition.
A identificação foi realizada in loco e posteriormente confirmada através de comparações com o acervo do Herbário NX (Nova Xavantina-MT) e do Herbário do Instituto de Estudos Costeiros da Universidade Federal do Pará (Bragança-PA), onde o material testemunho encontra-se depositado.
Análise de dados
Descrevemos os padrões de distribuição espacial intra e interespecíficos das espécies estudadas através da Função O’ring univariada - O11 (r) e bivariada - O12 (r), respectivamente, utilizando o software Programita (Wiegand & Moloney 2014). Essa análise calcula a densidade média de indivíduos para diferentes classes de distâncias através de círculos com largura (r) ao redor de cada ponto (X; Y). A função calcula a probabilidade de os pontos vizinhos dispersos no espaço serem abrangidos pela largura do anel, que neste caso foi de 1 m. O modelo nulo utilizado foi o de completa aleatoriedade espacial (CSR), testado através de envelopes de confiança construídos a partir dos três maiores e menores valores obtidos por 999 simulações de Monte Carlo (Wiegand et al. 2013; Wiegand & Moloney 2014). Portanto, para a avaliação da distribuição espacial das espécies utilizamos valores positivos e negativos de O11 (r), que indicam os padrões agregado e regular, respectivamente, e valores observados entre os limites do envelope de confiança, que predizem o padrão aleatório (Wiegand & Moloney 2014). Para avaliação das relações interespecíficas utilizamos os valores de O12 (r), os quais predizem relação positiva ou negativa, enquanto os valores entre os limites do envelope de confiança indicam a falta de relação espacial (Wiegand & Moloney 2014). Para evitar a inflação do erro do tipo I e testar o ajuste do modelo (envelope de confiança) em predizer a distribuição dos indivíduos em diferentes escalas espaciais, utilizamos o teste Goodness-of-Fit (GoF) a 5% de significância (Loosmore & Ford 2006).
Resultados
A densidade total de samambaias na área estudada foi de 92 indivíduos distribuídos entre quatro espécies e quatro famílias, Trichomanes pinnatum Hedw. - Hymenophyllaceae (56 indivíduos), Lindsaea pallida Klotzsch - Lindsaeaceae (22), Adiantum incertum Lindm. - Pteridaceae (12) e Campyloneurum phyllitidis (L.) C.Presl - Polypodiaceae (1). O padrão de distribuição espacial intraespecífico predominante entre as espécies foi o agregado (r = 1000; p = 0,001) (Fig. 2). Entretanto, T. pinnatum exibiu oscilações de regularidade entre as distâncias 31 a 47 m (Fig. 2).
Figura 2
Padrão de distribuição espacial intraespecífico descrito pela função O’ring univariada (O11) em diferentes escalas espaciais para três espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia Cerrado.
Figure 2
Intraspecific spatial distribution pattern described by the univariate O’ring function (O11) at different spatial scales for three fern species in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia-Cerrado transition.
Quanto aos padrões espaciais interespecíficas verificamos que Trichomanes pinnatum e Adiantum incertum estiveram positivamente associadas no espaço, assim como Lindsaea pallida e A. incertum (r = 898; p < 0,05) (Fig. 3). T. pinnatum esteve negativamente relacionada com L. pallida em algumas distâncias (12, 31-34, 36-40, 42 e 49 m) (Fig. 3), porém, essas interações pontuais não foram suficientemente fortes para estabelecer associação espacial significativa entre elas (r = 898; p = 0,10; Fig. 3).
Figura 3
Relações espaciais interespecíficas descritas pela função O’ring bivariada (O12) em diferentes escalas espaciais para três espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado.
Figure 3
Interspecific spatial relations described by the bivariate O’ring function (O12) at different spatial scales for three fern species in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazon-Cerrado transition.
Discussão
Riqueza e densidade
A baixa riqueza de espécies de samambaias observada pode ser um indicativo de que as características ambientais das florestas da transição Amazônia-Cerrado, tais como a homogeneidade topográfica e a acentuada sazonalidade climática (ca. de seis meses de seca) (Ackerly et al. 1989; Ivanauskas et al. 2004) podem influenciar na diversidade de espécies do grupo na floresta avaliada. A importância da sazonalidade climática e das variações no solo/topografia sobre a distribuição de espécies de samambaiais também foi observada por Zuquim et al. (2012) em florestas das regiões norte e central da Amazônia. Devido às características evolutivas da maioria dos representantes do grupo, tais como folhas sensíveis (umidade e temperatura) e ineficiência no controle de perda e transporte de água (Page 2002), as samambaias não suportam longos períodos de seca. Por isso, os maiores valores de riqueza de espécies de samambaias são geralmente descritos para ambientes com elevada umidade (e.g., fundos de vales) e heterogeneidade topográfica (Tuomisto & Poulsen 2000) ou com variações de luminosidade (Zuquim et al. 2009). Padrões semelhantes são encontrados para a vegetação arbórea em florestas da transição Amazônia-Cerrado, que exibe menor biomassa, riqueza e diversidade de espécies em comparação com as florestas das áreas centrais da Amazônia (Marimon et al. 2014).
A dominância de Trichomanes pinnatum no presente estudo demonstra a eficiência da espécie em utilizar os recursos da área, bem como sua resistência frente aos filtros ambientais locais. Essa espécie apresenta elevada plasticidade ecológica, podendo ser encontrada em diferentes tipos de florestas (Paciência & Prado 2004), solos (e.g., distróficos a eutróficos; Tuomisto & Poulsen 1996) e níveis de luminosidade (Zuquim et al. 2009). Resultados semelhantes também foram encontrados para esta espécie em florestas centrais e no oeste da Amazônia (Tuomisto & Poulsen 2000; Zuquim et al. 2014).
Padrão espacial intraespecífico
A agregação intraespecífica apresentada pelas três espécies estudadas confirma a nossa hipótese inicial. Este tipo de distribuição é uma tendência comum observada para espécies de samambaias em diversas florestas tropicais e subtropicais (Rodrigues et al. 2004; Franz & Schmitt 2005; Lehn & Resende 2008; Blume et al. 2010; Chacón-Labella et al. 2014). A agregação intraespecífica pode ser relacionada a diferentes processos, como a limitação de dispersão dos esporos, que aumenta as chances de estabelecimento próximo à planta-mãe e determina a estrutura espacial dos indivíduos (Peck et al. 1990; Jones et al. 2007), sendo um dos mais importantes preditores da distribuição de samambaias em escala local (Zuquim et al. 2012). Por outro lado, a estruturação espacial dos recursos (e.g., água) também promove a agregação intraespecífica, uma vez que as samambaias tendem a ocupar locais mais úmidos devido à sensibilidade ao estresse hídrico e a necessidade de água para a reprodução na fase gametofítica (Holttum 1938; Karst et al. 2005; Barrington 2007).
Outro fator relevante e que pode estar determinando a agregação intraespecífica dessas espécies é a formação de adensamentos (Richard et al. 2000). Este padrão foi observado para Trichomanes pinnatum e Adiantum incertum, que possuem raque prolífera e rizoma longo-reptante, respectivamente. Estas características favorecem o estabelecimento de clones próximos uns dos outros e conduzem à agregação intraespecífica (Windisch 1996; Sharpe et al. 2010). Esta característica permite utilizar melhor os recursos espacialmente estruturados, confere vantagem competitiva frente às outras espécies e geralmente responde pela elevada densidade de samambaias no interior de florestas (Windisch 1996; Pietrobom & Barros 2002). A reprodução vegetativa desempenha importante função nos padrões espaciais de plantas, determinando a distribuição agregada em escala local (Arévalo & Fernández-Palacios 2003).
Por outro lado, as oscilações regulares na distribuição espacial de Trichomanes pinnatum podem refletir a história de vida da população e variações no tamanho dos adensamentos em função da competição durante todo o período de vida dos indivíduos (Citadine-Zanette 1964), especialmente em períodos de restrição hídrica (Page 2002). Resultados semelhantes foram observado por Chacón-Labella et al. (2014) para Cyathea caracasana em florestas no sul do Equador. Os referidos autores apontam que essas oscilações estão relacionadas com os processos denso-dependentes que reduzem a densidade e aumentam a regularidade intraespecífica das espécies com o avanço ontogenético.
Padrões espaciais interespecíficos
A associação espacial positiva entre Lindsaea pallida e Adiantum incertum, e entre Trichomanes pinnatum e A. incertum, refuta a nossa hipótese inicial, e pode ser um indicativo de que os adensamentos de indivíduos dessas espécies não possuem capacidade de monopolizar os recursos do hábitat e impedir o estabelecimento umas das outras. Desse modo, é possível supor que essas espécies apresentam exigências ambientais comuns que facilitam a coexistência em microescala (Richard et al. 2000). Por outro lado, este resultado pode estar relacionado com o estresse ambiental vivenciado pelas espécies no período de seca que favorece as associações espaciais positivas (Callaway et al. 2002). Dessa forma, a redução da disponibilidade hídrica no solo pode estar agregando as espécies em locais mais úmidos e aumentando a congruência espacial entre elas (Greer et al. 1997). Contudo, as associações negativas em algumas distâncias para T. pinnatum e L. pallida demonstram a ocorrência de algum nível de competição entre elas, o que pode estar relacionado com características inerentes a cada uma das espécies ou a história de vida dessas populações na área de estudo. Resultados semelhantes foram observados por Higuchi et al. (2011) para algumas espécies de Miconia no sub-bosque de uma floresta plantada. Segundo os referidos autores, essas oscilações negativas são resultantes da competição por recursos durante o desenvolvimento e sobrevivência dessas espécies e demonstra a importância dos padrões espaciais em prever a dinâmica de populações vegetais. Por outro lado, as associações positivas observadas entre L. pallida e A. incertum, mesmo que em alguns pontos específicos no espaço, evidenciam a similaridade ecológica entre as mesmas (Karst et al. 2005).
A ausência de relações espaciais interespecíficas entre Trichomanes pinnatum e Lindsaea pallida é um indicativo de que a distribuição dessas espécies é espacialmente independente e refuta a nossa hipótese inicial. Neste caso, a ausência de associações espaciais reflete a não interferência biótica ou abiótica entre as distribuições dessas espécies (Arévalo & Fernández-Palacios 2003) e é coerente com a expectativa de neutralidade (Hubbell 2001). Este padrão não é comum para as samambaias devido a forte especialização de hábitats do grupo (Tuomisto et al. 2003; Karst et al. 2005), embora modelos neutros tenham sido utilizados para explicar a distribuição de espécies tolerantes a intensas variações em um gradiente ambiental (Karst et al. 2005). Por outro lado, as variações estruturais entre essas espécies (Kramer 1995; Windisch 1996) podem contribuir para que elas ocorram em diferentes micro-hábitats na floresta estudada, o que também explicaria a independência espacial observada.
Nosso estudo encontrou baixa riqueza de espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado, o que pode estar relacionado com as características climáticas (sazonalidade) e com a homogeneidade topográfica (plano) da região. As espécies de samambaias analisadas mostraram padrão espacial intraespecífico agregado, demonstrando a forte influência do limite de dispersão e da estruturação espacial do ambiente sobre a distribuição do grupo. Diferentes padrões espaciais interespecíficos foram observados, o que indica que as relações entre as espécies são extremamente complexas em microescala e podem estar relacionadas ao hábitat ou à neutralidade.
Agradecimentos
À CAPES, a bolsa de estudo da primeira autora; aos projetos PELD/CNPq e FAPEMAT (Proc. CNPq 403725/2012-7 e FAPEMAT 164131/2013) e RAINFOR (Rede Amazônica de Inventários Florestais), o apoio financeiro. Ao Prof. Dr. Marcio Roberto Pietrobom (UFPA), a identificação das espécies.
Referências
Ackerly DD, Thomas WW, Ferreira CAC & Pirani JR (1989) The Forest-Cerrado transition zone in Southern Amazonia: results of the 1985 Projeto Flora Amazonica Expedition to Mato Grosso. Brittonia 41: 113-128.
Ackerly
DD
Thomas
WW
Ferreira
CAC
Pirani
JR
1989
The Forest-Cerrado transition zone in Southern Amazonia: results of the 1985 Projeto Flora Amazonica Expedition to Mato Grosso
Brittonia
41
113
128
Alvares CA, Stape JL, Sentelhas PC, Moraes JLG & Sparovek G (2013) Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift 22: 711-728.
Alvares
CA
Stape
JL
Sentelhas
PC
Moraes
JLG
Sparovek
G
2013
Köppen’s climate classification map for Brazil
Meteorologische Zeitschrift
22
711
728
Arévalo JR & Fernández-Palacios JM (2003) Spatial patterns of trees and juveniles in a laurel forest of Tenerife, Canary Islands. Plant Ecology 165: 1-10.
Arévalo
JR
Fernández-Palacios
JM
2003
Spatial patterns of trees and juveniles in a laurel forest of Tenerife, Canary Islands
Plant Ecology
165
1
10
Barrington DS (2007) Ecological and historical factors in fern biogeography. Journal of Biogeography 20: 275-279.
Barrington
DS
2007
Ecological and historical factors in fern biogeography
Journal of Biogeography
20
275
279
Blume M, Rechenmacher C & Schmitt JL (2010) Padrão de distribuição espacial de samambaias no interior florestal do Parque Natural Municipal da Ronda, Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Botânicas 61: 219-227.
Blume
M
Rechenmacher
C
Schmitt
JL
2010
Padrão de distribuição espacial de samambaias no interior florestal do Parque Natural Municipal da Ronda, Rio Grande do Sul, Brasil
Pesquisas, Botânicas
61
219
227
Callaway RM, Brooker RW, Choler P, Kikvidze Z, Lortiek CJ, Michalet R, Paolini L, Pugnaireq FI, Newingham B, Aschehoug ET, Armasq C, Kikodze D & Cook BJ (2002) Positive interactions among alpine plants increase with stress. Nature 417: 844-848.
Callaway
RM
Brooker
RW
Choler
P
Kikvidze
Z
Lortiek
CJ
Michalet
R
Paolini
L
Pugnaireq
FI
Newingham
B
Aschehoug
ET
Armasq
C
Kikodze
D
Cook
BJ
2002
Positive interactions among alpine plants increase with stress
Nature
417
844
848
Chacón-Labella J, Cruz M, Vicuna R, Tapia K & Escudero A (2014) Negative density dependence and environmental heterogeneity effects on tree ferns across succession in a tropical montane forest. Perspectives in Plant Ecology 16: 52-63.
Chacón-Labella
J
Cruz
M
Vicuna
R
Tapia
K
Escudero
A
2014
Negative density dependence and environmental heterogeneity effects on tree ferns across succession in a tropical montane forest
Perspectives in Plant Ecology
16
52
63
Connell J (1971) On the role of natural enemies in preventing competitive exclusion in some marine animals and in rain forest trees. In: Boer PJ & Gradwell GR (eds.) Dynamics of populations. Centre for Agricultural Publishing and Documentation, Wageningen. Pp. 298-312.
Connell
J
1971
On the role of natural enemies in preventing competitive exclusion in some marine animals and in rain forest trees
Boer
PJ
Gradwell
GR
Dynamics of populations
Centre for Agricultural Publishing and Documentation
Wageningen
298
312
Forsthofer M, Marimon BS, Abreu MF, Oliveira-Santos C, Morandi PS & Marimon-Junior BH (2013) Monodominância arbórea e diversidade de samambaias em florestas da transição Cerrado-Floresta Amazônica, Brasil. Rodriguésia 64: 349-356.
Forsthofer
M
Marimon
BS
Abreu
MF
Oliveira-Santos
C
Morandi
PS
Marimon-Junior
BH
2013
Monodominância arbórea e diversidade de samambaias em florestas da transição Cerrado-Floresta Amazônica, Brasil
Rodriguésia
64
349
356
Franz I & Schmitt JL (2005) Blechnum brasiliense Desv. (Pteridophyta, Blechnaceae): estrutura populacional e desenvolvimento da fase esporofítica. Pesquisas, Botânicas 56: 173-183.
Franz
I
Schmitt
JL
2005
Blechnum brasiliense Desv. (Pteridophyta, Blechnaceae): estrutura populacional e desenvolvimento da fase esporofítica
Pesquisas, Botânicas
56
173
183
George LO & Bazzaz FA (1999) The fern understory as an ecological filter: emergence and establishment of canopy-tree seedlings. Ecology 80: 833-45.
George
LO
Bazzaz
FA
1999
The fern understory as an ecological filter: emergence and establishment of canopy-tree seedlings
Ecology
80
833
845
Greer GK, Lloyd RM & McCarthy BC (1997) Factors influencing the distribution of pteridophytes in a southeastern Ohio hardwood forest. Journal of the Torrey Botanical Society 124: 11-21.
Greer
GK
Lloyd
RM
McCarthy
BC
1997
Factors influencing the distribution of pteridophytes in a southeastern Ohio hardwood forest
Journal of the Torrey Botanical Society
124
11
21
Higuchi P, Silva AC, Berg E & Pifano DS (2011) Associações espaciais entre indivíduos de diferentes espécies de Miconia spp. Ruiz & Pav. (Melastomataceae). Revista Árvore 35: 381-389.
Higuchi
P
Silva
AC
Berg
E
Pifano
DS
2011
Associações espaciais entre indivíduos de diferentes espécies de Miconia spp. Ruiz & Pav. (Melastomataceae)
Revista Árvore
35
381
389
Hijmans RJ, Cameron SE, Parra JL, Jones PG & Jarvis A (2005) Very high resolution interpolated climate surfaces for global land areas. International Journal of Climatology 25: 1965-1978.
Hijmans
RJ
Cameron
SE
Parra
JL
Jones
PG
Jarvis
A
2005
Very high resolution interpolated climate surfaces for global land areas
International Journal of Climatology
25
1965
1978
Holttum RE (1938) The ecology of tropical pteridophytes. In: Veerdorn FR (eds.) Manual of pteridology. The Hague Martinus Nijhoff, Amsterdan. Pp. 420-450.
Holttum
RE
1938
The ecology of tropical pteridophytes
Veerdorn
FR
Manual of pteridology
The Hague Martinus Nijhoff
Amsterdan
420
450
Hubbell SP (2001) The unified neutral theory of biodiversity and biogeography. Princeton University Press, Princeton. 392p.
Hubbell
SP
2001
The unified neutral theory of biodiversity and biogeography
Princeton University Press
Princeton
392p
Ivanauskas MM, Monteiro R & Rodrigues RR (2004) Composição florística de trechos florestais na borda sul-amazônica. Acta Amazônica 34: 399-413.
Ivanauskas
MM
Monteiro
R
Rodrigues
RR
2004
Composição florística de trechos florestais na borda sul-amazônica
Acta Amazônica
34
399
413
Ivanauskas MM, Monteiro R & Rodrigues RR (2008) Classificação fitogeográfica das florestas do Alto Rio Xingu. Acta Amazônica 38: 387-402.
Ivanauskas
MM
Monteiro
R
Rodrigues
RR
2008
Classificação fitogeográfica das florestas do Alto Rio Xingu
Acta Amazônica
38
387
402
Janzen DH (1970) Herbivores and the number of tree species in tropical forests. The American Naturalist 104: 501-528.
Janzen
DH
1970
Herbivores and the number of tree species in tropical forests
The American Naturalist
104
501
528
Jones MM, Olivas RP, Tuomisto H & Clark DB (2007) Environmental and neighbourhood effects on tree fern distributions in a Neotropical lowland rain forest. Journal of Vegetation Science 18: 13-24.
Jones
MM
Olivas
RP
Tuomisto
H
Clark
DB
2007
Environmental and neighbourhood effects on tree fern distributions in a Neotropical lowland rain forest
Journal of Vegetation Science
18
13
24
Karst J, Gilbert B & Lechowicz MJ (2005) Fern community assembly: the roles of chance and the environment at local and intermediate scales. Ecology 86: 2473-2486.
Karst
J
Gilbert
B
Lechowicz
MJ
2005
Fern community assembly: the roles of chance and the environment at local and intermediate scales
Ecology
86
2473
2486
Kramer KU (1995) Lindsaea. In: Berry PE, Holst BK & Yatskievych K (eds.) Flora of the Venezuelan Guyana. Vol. 2. Pteridophytes, Spermatophytes: Acanthaceae-Araceae. Timber Press, Portland. Pp. 54-67.
Kramer
KU
1995
Lindsaea
Berry
PE
Holst
BK
Yatskievych
K
Flora of the Venezuelan Guyana. Vol. 2. Pteridophytes, Spermatophytes: Acanthaceae-Araceae
2
Timber Press
Portland
54
67
Lehn CR & Resende UM (2008) Estrutura populacional e padrão de distribuição espacial de Cyathea delgadii Sternb. (Cyatheaceae) em uma Floresta Estacional Semidecidual no Brasil Central. Revista Brasileira de Biologia 13: 188-195.
Lehn
CR
Resende
UM
2008
Estrutura populacional e padrão de distribuição espacial de Cyathea delgadii Sternb. (Cyatheaceae) em uma Floresta Estacional Semidecidual no Brasil Central
Revista Brasileira de Biologia
13
188
195
Lyon J & Sharpe WE (1996) Hay-scented fern (Dennstaedtia punctilobula (Michx.) Moore) interference with growth of northern red oak (Quercus rubra L.) seedlings. Tree Physiology 16: 923-32.
Lyon
J
Sharpe
WE
1996
Hay-scented fern (Dennstaedtia punctilobula (Michx.) Moore) interference with growth of northern red oak (Quercus rubra L.) seedlings
Tree Physiology
16
923
932
Loosmore NB & Ford ED (2006) Statistical inference using the G or K point pattern spatial statistics. Ecology 87: 1925-1931.
Loosmore
NB
Ford
ED
2006
Statistical inference using the G or K point pattern spatial statistics
Ecology
87
1925
1931
Mallmann IT, Rocha LD & Schmitt JL (2013) Padrão de distribuição espacial de quatro espécies de samambaias em três fragmentos de mata ciliar do rio Cadeia, RS, Brasil. Revista Brasileira de Biologia 11: 139-144.
Mallmann
IT
Rocha
LD
Schmitt
JL
2013
Padrão de distribuição espacial de quatro espécies de samambaias em três fragmentos de mata ciliar do rio Cadeia, RS, Brasil
Revista Brasileira de Biologia
11
139
144
Marimon BS, Marimon-Junior BH, Feldpausch T, Oliveira-Santos C, Mews HA, Lopez-Gonzales G, Lloyd J, Franczak DD, Oliveira EA, Maracahipes L, Miguel A, Lenza E & Phillips O (2014) Disequilibrium and hyperdynamic tree turnover at the forest-cerrado transition zone in southern Amazonia. Plant Ecology & Diversity 7: 281-292.
Marimon
BS
Marimon-Junior
BH
Feldpausch
T
Oliveira-Santos
C
Mews
HA
Lopez-Gonzales
G
Lloyd
J
Franczak
DD
Oliveira
EA
Maracahipes
L
Miguel
A
Lenza
E
Phillips
O
2014
Disequilibrium and hyperdynamic tree turnover at the forest-cerrado transition zone in southern Amazonia
Plant Ecology & Diversity
7
281
292
Moran RC & Smith AR (2001) Phytogeographic relationships between Neotropical and African-Madagascar pteridophytes. Brittonia 53: 304-351.
Moran
RC
Smith
AR
2001
Phytogeographic relationships between Neotropical and African-Madagascar pteridophytes
Brittonia
53
304
351
Paciência MLB & Prado J (2004) Efeitos de borda sobre a comunidade de pteridófitas na Mata Atlântica da região de Una, sul da Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 27: 641-653.
Paciência
MLB
Prado
J
2004
Efeitos de borda sobre a comunidade de pteridófitas na Mata Atlântica da região de Una, sul da Bahia, Brasil
Revista Brasileira de Botânica
27
641
653
Page C (2002) Ecological strategies in fern evolution: a neopteridological overview. Review of Palaeobotany and Palynology 119: 1-33.
Page
C
2002
Ecological strategies in fern evolution: a neopteridological overview
Review of Palaeobotany and Palynology
119
1
33
Peck JH, Peck CJ & Farrar DR (1990) Influences of life history attributes on formation of local and distant fern populations. American Fern Journal 80: 126-142.
Peck
JH
Peck
CJ
Farrar
DR
1990
Influences of life history attributes on formation of local and distant fern populations
American Fern Journal
80
126
142
Pietrobom MR & Barros ICL (2002) Pteridófitas de um remanescente de Floresta Atlântica em São Vicente Férrer, Pernambuco, Brasil: Pteridaceae. Acta Botanica Brasilica 16: 457-479.
Pietrobom
MR
Barros
ICL
2002
Pteridófitas de um remanescente de Floresta Atlântica em São Vicente Férrer, Pernambuco, Brasil: Pteridaceae
Acta Botanica Brasilica
16
457
479
Poulsen AD & Balslev H (1991) Abundance and cover of ground herbs in an Amazonian rain forest. Journal of Vegetation Science 2: 315-322.
Poulsen
AD
Balslev
H
1991
Abundance and cover of ground herbs in an Amazonian rain forest
Journal of Vegetation Science
2
315
322
Rechenmacher C, Schmitt JL & Budke JC (2007) Estrutura e distribuição espacial de uma população de Blechnum tabulare (Thunb.) Kuhn (Pteridophyta, Blechnaceae) em um mosaico Floresta-Campo no Sul do Brasil. Pesquisas, Botânicas 58: 177-185.
Rechenmacher
C
Schmitt
JL
Budke
JC
2007
Estrutura e distribuição espacial de uma população de Blechnum tabulare (Thunb.) Kuhn (Pteridophyta, Blechnaceae) em um mosaico Floresta-Campo no Sul do Brasil
Pesquisas, Botânicas
58
177
185
Richard M, Bernhardt T & Bell G (2000) Environmental heterogeneity and the spatial structure of fern species diversity in one hectare of old-growth forest. Ecography 23: 231-245.
Richard
M
Bernhardt
T
Bell
G
2000
Environmental heterogeneity and the spatial structure of fern species diversity in one hectare of old-growth forest
Ecography
23
231
245
Rodrigues ST, Almeida SS, Andrade LHC, Barros ICL & Van Den Berg ME (2004) Composição florística e abundância de pteridófitas em três ambientes da bacia do rio Guamá, Belém, Pará, Brasil. Acta Amazônica 34: 35-42.
Rodrigues
ST
Almeida
SS
Andrade
LHC
Barros
ICL
Van Den Berg
ME
2004
Composição florística e abundância de pteridófitas em três ambientes da bacia do rio Guamá, Belém, Pará, Brasil
Acta Amazônica
34
35
42
Schmitt JL & Windisch PG (2007) Estrutura populacional e desenvolvimento da fase esporofítica de Cyathea delgadii Sternb. (Cyatheaceae, Monilophyta) no sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica 21: 731-740.
Schmitt
JL
Windisch
PG
2007
Estrutura populacional e desenvolvimento da fase esporofítica de Cyathea delgadii Sternb. (Cyatheaceae, Monilophyta) no sul do Brasil
Acta Botanica Brasilica
21
731
740
Sharpe JM, Mehltreter K & Walker LR (2010) Ecological importance of ferns. In: Mehltreter K, Walker LR & Sharpe JM (eds.) Fern ecology. Cambridge University Press, New York. Pp. 1-17.
Sharpe
JM
Mehltreter
K
Walker
LR
2010
Ecological importance of ferns
Mehltreter
K
Walker
LR
Sharpe
JM
Fern ecology
Cambridge University Press
New York
1
17
Slocum MG, Aide TM, Zimmerman JK & Navarro L (2004) Natural regeneration of subtropical montane forest after clearing fern thickets in the Dominican Republic. Journal of Tropical Ecology 20: 483-486.
Slocum
MG
Aide
TM
Zimmerman
JK
Navarro
L
2004
Natural regeneration of subtropical montane forest after clearing fern thickets in the Dominican Republic
Journal of Tropical Ecology
20
483
486
Slocum MG, Aide TM, Zimmerman JK & Navarro L (2006) A strategy for restoration of montane forest in anthropogenic fern thickets in the Dominican Republic. Restoration Ecology 14: 526-536.
Slocum
MG
Aide
TM
Zimmerman
JK
Navarro
L
2006
A strategy for restoration of montane forest in anthropogenic fern thickets in the Dominican Republic
Restoration Ecology
14
526
536
Soares LC (1953) Limites meridionais e orientais da área de ocorrência da Floresta Amazônica em território Brasileiro. Revista Brasileira de Botânica 1: 3-178.
Soares
LC
1953
Limites meridionais e orientais da área de ocorrência da Floresta Amazônica em território Brasileiro
Revista Brasileira de Botânica
1
3
178
Tryon RM (1972) Endemic areas geographic speciation in Tropical American ferns. Biotropica 4: 121-131.
Tryon
RM
1972
Endemic areas geographic speciation in Tropical American ferns
Biotropica
4
121
131
Tryon RM (1986) The biogeography of species, with special reference to ferns. The Botanical Review 52: 118-156.
Tryon
RM
1986
The biogeography of species, with special reference to ferns
The Botanical Review
52
118
156
Tuomisto H, Ruokolainen K & Yli-Halla M (2003) Dispersal, environment and floristic variation of Western Amazonian Forests. Science 299: 241-244.
Tuomisto
H
Ruokolainen
K
Yli-Halla
M
2003
Dispersal, environment and floristic variation of Western Amazonian Forests
Science
299
241
244
Tuomisto H & Poulsen AD (1996) Influence of edaphic specialization on pteridophyte distribution in Neotropical forests. Journal of Biogeography 232: 283-293.
Tuomisto
H
Poulsen
AD
1996
Influence of edaphic specialization on pteridophyte distribution in Neotropical forests
Journal of Biogeography
232
283
293
Tuomisto H & Poulsen AD (2000) Pteridophyte diversity and species composition in four Amazonian rain forests. Journal of Vegetation Science 11: 383-396.
Tuomisto
H
Poulsen
AD
2000
Pteridophyte diversity and species composition in four Amazonian rain forests
Journal of Vegetation Science
11
383
396
Walker LR & Sharpe JM (2010) Ferns, disturbance and succession. In: Mehltreter K, Walker LR & Sharpe JM (eds.) Fern ecology. Cambridge University Press, New York. Pp. 177-219.
Walker
LR
Sharpe
JM
2010
Ferns, disturbance and succession
Mehltreter
K
Walker
LR
Sharpe
JM
Fern ecology
Cambridge University Press
New York
177
219
Wiegand T & Moloney KA (2014) A handbook of spatial point pattern analysis in ecology. Chapman and Hall/CRC Press, Boca Raton. 538p.
Wiegand
T
Moloney
KA
2014
A handbook of spatial point pattern analysis in ecology
Chapman and Hall/CRC Press
Boca Raton
538p
Wiegand T, Raventos J, Mujica E, Gonzalez E & Bone A (2013) Spatio-temporal analysis of the effects of Hurricane Ivan on two contrasting epiphytic orchid species in Guanahacabibes, Cuba. Biotropica 45: 441-449.
Wiegand
T
Raventos
J
Mujica
E
Gonzalez
E
Bone
A
2013
Spatio-temporal analysis of the effects of Hurricane Ivan on two contrasting epiphytic orchid species in Guanahacabibes, Cuba
Biotropica
45
441
449
Windisch PG (1996) Pteridófitas do estado de Mato Grosso - Hymenophyllaceae. Bradea 7: 400-423.
Windisch
PG
1996
Pteridófitas do estado de Mato Grosso - Hymenophyllaceae
Bradea
7
400
423
Zuquim G, Costa FRC, Prado J & Braga-Neto R (2009) Distribution of pteridophyte communities along environmental gradients in Central Amazonia, Brazil. Biodiversity and Conservation 18: 151-166.
Zuquim
G
Costa
FRC
Prado
J
Braga-Neto
R
2009
Distribution of pteridophyte communities along environmental gradients in Central Amazonia, Brazil
Biodiversity and Conservation
18
151
166
Zuquim G, Tuomisto H, Costa FRC, Prado J, Magnusson WE, Pimentel T, Braga-Neto R & Figueiredo FOG (2012) Broad Scale distribution of ferns and lycophytes along environmental gradients in Central and Northern Amazonia, Brazil. Biotropica 44: 752-762.
Zuquim
G
Tuomisto
H
Costa
FRC
Prado
J
Magnusson
WE
Pimentel
T
Braga-Neto
R
Figueiredo
FOG
2012
Broad Scale distribution of ferns and lycophytes along environmental gradients in Central and Northern Amazonia, Brazil
Biotropica
44
752
762
Zuquim G, Tuomisto H, Jones M, Prado J, Figueiredo FOG, Moulatlet GM, Costa FRC, Quesada CA & Emilio T (2014) Predicting environmental gradients with fern species composition in Brazilian Amazonia. Journal of Vegetation Science 25: 1-13.
Zuquim
G
Tuomisto
H
Jones
M
Prado
J
Figueiredo
FOG
Moulatlet
GM
Costa
FRC
Quesada
CA
Emilio
T
2014
Predicting environmental gradients with fern species composition in Brazilian Amazonia
Journal of Vegetation Science
25
1
13
Authorship
Nayara Dias Alves Teixeira
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ciências Ambientais, Av. Santos Dumond s/n, Cidade Universitária, Bloco II, 78200-000, Cáceres, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilCáceres, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ciências Ambientais, Av. Santos Dumond s/n, Cidade Universitária, Bloco II, 78200-000, Cáceres, MT, Brasil.
Beatriz Schwantes Marimon 44Autor para correspondência: biamarimon@unemat.br
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ciências Ambientais, Av. Santos Dumond s/n, Cidade Universitária, Bloco II, 78200-000, Cáceres, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilCáceres, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ciências Ambientais, Av. Santos Dumond s/n, Cidade Universitária, Bloco II, 78200-000, Cáceres, MT, Brasil.
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Universidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Fernando Elias
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Ben Hur Marimon-Junior
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Universidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ciências Ambientais, Av. Santos Dumond s/n, Cidade Universitária, Bloco II, 78200-000, Cáceres, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilCáceres, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ciências Ambientais, Av. Santos Dumond s/n, Cidade Universitária, Bloco II, 78200-000, Cáceres, MT, Brasil.
Universidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Prog. Pós-graduação em Ecologia e Conservação, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Universidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.Universidade do Estado de Mato GrossoBrasilNova Xavantina, MT, BrasilUniversidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas, BR 158 s/n, C.P. 08, 78690-000, Nova Xavantina, MT, Brasil.
Figura 1
Mapa da distribuição espacial de três espécies (Adiantum incertum, Lindsaea pallida e Trichomanes pinnatum) de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado.
Figure 1
Map of the spatial distribution of three fern species (Adiantum incertum, Lindsaea pallida and Trichomanes pinnatum) in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia- Cerrado transition.
Figura 2
Padrão de distribuição espacial intraespecífico descrito pela função O’ring univariada (O11) em diferentes escalas espaciais para três espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia Cerrado.
Figure 2
Intraspecific spatial distribution pattern described by the univariate O’ring function (O11) at different spatial scales for three fern species in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia-Cerrado transition.
Figura 3
Relações espaciais interespecíficas descritas pela função O’ring bivariada (O12) em diferentes escalas espaciais para três espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado.
Figure 3
Interspecific spatial relations described by the bivariate O’ring function (O12) at different spatial scales for three fern species in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazon-Cerrado transition.
imageFigura 1
Mapa da distribuição espacial de três espécies (Adiantum incertum, Lindsaea pallida e Trichomanes pinnatum) de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado.
Figure 1
Map of the spatial distribution of three fern species (Adiantum incertum, Lindsaea pallida and Trichomanes pinnatum) in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia- Cerrado transition.
open_in_new
imageFigura 2
Padrão de distribuição espacial intraespecífico descrito pela função O’ring univariada (O11) em diferentes escalas espaciais para três espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia Cerrado.
Figure 2
Intraspecific spatial distribution pattern described by the univariate O’ring function (O11) at different spatial scales for three fern species in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazonia-Cerrado transition.
open_in_new
imageFigura 3
Relações espaciais interespecíficas descritas pela função O’ring bivariada (O12) em diferentes escalas espaciais para três espécies de samambaias em uma Floresta Estacional Perenifólia da transição Amazônia-Cerrado.
Figure 3
Interspecific spatial relations described by the bivariate O’ring function (O12) at different spatial scales for three fern species in an Evergreen Seasonal Forest in the Amazon-Cerrado transition.
open_in_new
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de JaneiroRua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 -
Rio de Janeiro -
RJ -
Brazil E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br
rss_feed
Stay informed of issues for this journal through your RSS reader