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Etnobotânica quantitativa de um fragmento de floresta de restinga no Rio de Janeiro, Brasil

RESUMO

Um estudo etnobotânico foi feito na comunidade de pescadores artesanais do município de Arraial do Cabo, começando com o inventário de espécies, desenvolvido em um remanescente de floresta de restinga próximo à comunidade estudada. Usando uma metodologia quantitativa em Etnobotânica, aliada a parâmetros ecológicos (freqüência, densidade, dominância e seus valores relativos, e índice de valor de importância), os seguintes resultados foram obtidos: 296 indivíduos foram inventariados e 41 espécies identificadas, distribuídas em 26 famílias e 36 gêneros. O maior valor de uso (V.U.) foi atribuído a Schinus terebinthifolius Raddi. A partir destes dados, foram realizadas entrevistas estruturadas, e análises quantitativas, baseadas no consenso entre os informantes (pescadores locais) para buscar indicação sobre as espécies úteis. Os 22 diferentes tipos de uso mencionados foram distribuídos em cinco categorias: alimentar, medicinal, tecnologia, construção e combustível. Os valores de uso mais expressivos, envolvendo 46% das espécies, 57% das famílias e 80% dos indivíduos, foram relativos à extração seletiva de madeira para construção, lenha e reparo de barcos.

Palavras-chave:
pescadores artesanais; etnobotânica ecológica; fitossociologia; restinga; reserva extrativista

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