Resumo
Introdução
Muita publicidade sobre enxaguatórios bucais é veiculada em todos os meios de comunicação apelando para o efeito anti-placa e prestando um desserviço à comunidade. Grande quantidade de enxaguatórios bucais está disponível no mercado e estes diferem em suas composições e eficácia antimicrobiana.
Objetivo
Neste estudo, avaliamos a atividade antimicrobiana de 35 enxaguatórios bucais amplamente disponíveis contra espécies bacterianas envolvidas na iniciação do biofilme dental - Streptococcus gordonii, Streptococcus mitis, Streptococcus oralis, Streptococcus salivarius e Streptococcus sanguinis.
Material e método
A Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima (CBM) dos enxaguatórios avaliados foram determinadas de acordo com os protocolos do Clinical & Laboratory Standards Institute. Os dados foram submetidos ao teste Kruskal-Wallis e Mann-Whitney post hoc (α=0,05).
Resultado
Aproximadamente 70% dos enxaguatórios bucais alcançaram alta atividade antibacteriana e 30%, baixa atividade antibacteriana contra todas as espécies testadas. O enxaguatório bucal mais ineficaz mostrou atividade antibacteriana (CIM) na diluição de 1:1, enquanto a mais eficaz mostrou atividade mesmo na diluição de 1:2048, o que pode implicar em efeito prolongado na boca. Cerca de 51% dos enxaguatórios bucais apresentaram atividade bactericida, e verificou-se que formulações contendo cloreto de cetilpiridíneo ou digluconato de clorexidina estavam associados à maior atividade.
Conclusão
A maior parte - mas não todos – dos enxaguatórios bucais comercialmente disponíveis são eficazes na inibição de colonizadores iniciais de superfícies dentárias in vitro.
Descritores:
Microbiologia; agentes antimicrobianos; enxaguatórios bucais; biofilmes