Resumo
Introdução
A determinação do fenótipo gengival possibilita compreender melhor as variações e diferenças clínicas intra e interindividuais dos tecidos periodontais saudáveis.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi determinar os perfis do fenótipo gengival e compará-los em diferentes regiões da cavidade oral, levando em consideração parâmetros clínicos relacionados aos tecidos moles circunjacentes nos dentes anteriores superiores e inferiores.
Material e método
Noventa e um pacientes com saúde periodontal foram examinados e os parâmetros clínicos profundidade de sondagem (PS), largura de mucosa ceratinizada (MC), espessura gengival em ambos incisivos centrais superiores (EG) e fenótipo gengival (FG) foram coletados nos dentes anteriores superiores e inferiores. Os dados foram analisados estatisticamente pelos testes t-Student pareado e independente, Correlação de Pearson e Qui-quadrado, com um nível de significância de 5%.
Resultado
O fenótipo gengival espesso predominou nos dentes anteriores superiores (60,5%), enquanto o fenótipo fino foi mais prevalente nos dentes anteriores inferiores (84,6%). Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas para os parâmetros largura de mucosa ceratinizada e espessura gengival em relação aos fenótipos gengivais superiores e inferiores (p<0,05). Não houve diferença estatística entre profundidade de sondagem e o fenótipo gengival nos dentes superiores e inferiores.
Conclusão
Concluiu-se que o fenótipo gengival espesso é mais frequente nos dentes anteriores superiores e que o fenótipo fino é mais comum nos dentes anteriores inferiores, sendo mais frequente em indivíduos do sexo masculino. Os parâmetros largura de mucosa ceratinizada e espessura gengival mostraram-se adequados à determinação do fenótipo gengival.
Descritores:
Periodontia; gengiva; fenótipo; diagnóstico