Resumo
Introdução
O autismo é uma desordem neurológica complexa de causas multifatoriais, que compromete habilidades físicas, psicológicas, emocionais e sociais, podendo dificultar os cuidados com a saúde bucal. A saliva, que pode ser coletada de forma fácil e não invasiva, vem sendo utilizada para diagnóstico e triagem de várias condições e patologias. A capacidade antioxidante total nesse fluido está reduzida em crianças com cárie e tem sido investigada como possível marcador para essa doença, mas são escassas as informações sobre antioxidantes na saliva de crianças com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Objetivo
O objetivo desse estudo preliminar foi verificar a influência do gênero na diferença da capacidade antioxidante e no dano oxidativo proteico, na saliva de crianças com TEA.
Material e método
A saliva total foi obtida por aspiração, entre 8:00 e 11:00 horas, de 12 meninas e 12 meninos com idades entre 5 e 15 anos, com diagnóstico prévio de TEA. A capacidade antioxidante total, o ácido úrico, a concentração total de proteínas e o dano oxidativo proteico foram analisados por espectrofotometria. Os valores de média e desvio padrão foram testados quanto à normalidade (Shapiro-Wilk teste) e comparados com o teste Mann Whitney. O nível de significância foi estabelecido em 5%.
Resultado
Nenhuma diferença significativa entre os grupos foi observada, nos parâmetros analisados (P>0,05).
Conclusão
Com base nos resultados obtidos, concluímos que o gênero não influencia nos níveis de marcadores do estresse oxidativo na saliva de crianças com TEA.
Descritores:
Transtorno do espectro autista; gênero; saliva; antioxidantes; estresse oxidativo