Resumo
Introdução
Programas de convívio e interação social tem melhorado vários aspectos da qualidade de vida de idosos.
Objetivo
Este estudo observacional avaliou a saúde bucal e a percepção de saúde bucal de participantes de um programa de convívio de idosos em Santa Catarina, Brasil.
Material e método
Duzentos e trinta e cinco participantes do programa Cidade do Idoso foram examinados/entrevistados por estudantes calibrados. O exame bucal considerou: índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D), Índice Periodontal Comunitário (IPC), índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP), uso e necessidade de prótese e presença de lesões de mucosa bucal. A percepção de saúde bucal foi verificada pelo Índice de Avaliação de Saúde Bucal Geriátrica (GOHAI). Os dados foram analisados com estatística descritiva e teste qui-quadrado (α=0,05).
Resultado
O CPO-D médio foi de 24,3 dentes, com ênfase à categoria ‘perdidos’. Necessidade de prótese superior e inferior correspondeu a 53,6 e 71,1%, respectivamente; 55% apresentaram lesões de mucosa bucal. Uma percepção de saúde bucal moderada prevaleceu (43%), com um escore médio do GOHAI de 29,9. Uma percepção negativa nas dimensões física e dor/desconforto foi estatisticamente associada com a necessidade de prótese inferior (p<0,05).
Conclusão
Os participantes do programa Cidade do Idoso apresentaram uma saúde bucal precária e uma percepção de saúde bucal predominantemente moderada. A necessidade de prótese inferior foi associada a uma percepção negativa de saúde bucal.
Descritores:
Idoso; saúde bucal; odontologia