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Análise in vitro da ação de bebidas energéticas no esmalte dental humano

Resumo

Introdução

O potencial erosivo das bebidas energéticas (BE) devido ao baixo pH e à presença de ácido cítrico pode estar relacionado ao aumento dos índices de erosão dental da população em geral e especialmente, nos jovens.

Objetivo

Verificar o pH e a titulação ácida de BE e a influência de uma marca de BE na microdureza superficial do esmalte.

Material e método

Dez amostras de BE de diferentes marcas comerciais foram selecionadas. O pH de dois lotes de cada BE foi analisado, com e sem gás. A titulação ácida foi realizada com a adição de alíquotas de NaOH, até atingir pH 7,0. Dezoito amostras de esmalte dental humano foram distribuídas aleatoriamente em três grupos (n = 6), Red Bull (RB), Red Light Bull (RBL) e água destilada (C), submetidas a um desafio ácido com a BE, seis vezes consecutivas, com intervalos de 12 horas, durante três dias. A microdureza Knoop foi medida antes e depois do desafio ácido.

Resultado

Todas as marcas de BE testadas apresentaram baixos níveis de pH, variando de 2,1 a 3,2. Em relação à titulação ácida, verificou-se que a quantidade de base necessária para promover a neutralização das soluções variou de 1200 μL a 3750 μL. Amostras de esmalte humano nos grupos RB e RBL submetidos ao desafio ácido apresentaram diminuição significativa da microdureza Knoop.

Conclusão

Todas as BE examinadas apresentaram baixo pH e alta titulação ácida e, portanto, potencial para promover perda mineral. As BE analisadas promoveram perdas minerais significativas na superfície do esmalte dental.

Descritores:
Erosão dentária; alimentos para praticantes de atividade física; esmalte dentário; desmineralização do dente

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