INTRODUÇÃO:
A adição da clorexidina (CLX) ao cimento de ionômero de vidro (CIV) visa melhorar a sua propriedade antibacteriana, podendo contudo interferir na adesão à dentina.
OBJETIVO:
Avaliar a influência da adição de diacetato de CLX em diferentes concentrações a um CIV de alta viscosidade, na sua adesão à dentina sadia e afetada por cárie artificial.
MATERIAL E MÉTODO:
Foram utilizados 80 terceiros molares, que tiveram a superfície de dentina exposta na face oclusal. Metade dos dentes foram mantidos hígidos e a outra metade foi submetida à indução artificial de cárie. A CLX foi misturada ao pó do CIV nas concentrações de 0,5%, 1% e 2%. O CIV sem CLX foi usado como controle. Em cada superfície dentinária foi confeccionado um espécime com 1 mm de diâmetro e 1 mm de altura. Estes foram mantidos a 37 °C com 100% de umidade por 24 horas, e, submetidos ao teste de microcisalhamento. Os resultados foram analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann Whitney (α=0,05).
RESULTADO:
Não houve diferença estatística entre os valores de resistência de união para dentina hígida e afetada (p>0,05). Para as duas condições do substrato, os grupos CIV, CIV+CLX 0,5% e CIV+CLX 1% apresentaram resistência de união estatisticamente semelhante (p>0,05), e superior ao CIV+CLX 2% (p<0,025). Houve predominância de fraturas mistas e coesivas do material para todos os grupos.
CONCLUSÃO:
A adição de CLX nas concentrações de 0,5% e 1% não influenciou negativamente na resistência de união de um CIV de alta viscosidade à dentina sadia e afetada por cárie.
Cimentos de ionômeros de vidro; clorexidina; propriedades físicas; dentina