Resumo
Introdução
A pandemia de COVID-19 levou à paralisação das atividades de trabalho em vários setores, gerando uma crise econômica e um alto índice de desemprego em todo o mundo.
Objetivo
Avaliar o comportamento e as percepções dos cirurgiões-dentistas brasileiros sobre a pandemia de COVID-19 e verificar seu impacto sobre a rotina do atendimento odontológico.
Material e método
Um questionário eletrônico do Google forms foi divulgado por meio das redes sociais no período de julho a novembro/2020. A representatividade para a amostra do estudo foi calculada, gerando um cálculo amostral de 385 dentistas.
Resultado
Os resultados mostraram que 318 dentistas (82,6%) de todas as regiões do Brasil responderam ao questionário, sendo 112 homens (35,2%) e 206 mulheres (64,8%). A maior parte dos entrevistados, ou seja, 249 dentistas (78,3%) relataram atuar em consultórios ou clínicas privadas. Dos participantes, 26 (8,8%) testaram positivo para COVID-19 e outros 10 (3,1%) tiveram sintomas da doença, porém não fizeram o teste. Nenhum entrevistado relatou ter sido hospitalizado em decorrência à doença. No período de aplicação do questionário, 235 entrevistados estavam atendendo pacientes de rotina e emergência (73,9%). Apenas 174 (54,7%) relataram se sentir seguros com o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs). A maior parte dos entrevistados declarou não possuir reserva financeira para a paralisação das atividades de trabalho (54,7%).
Conclusão
A pandemia de COVID-19 teve um grande impacto na odontologia, sendo de fundamental importância um melhor planejamento financeiro, além de reforço constante nos cuidados de biossegurança, para que os profissionais da área possam se resguardar e manter sua prática profissional em tempos de pandemia e incertezas.
Descritores:
COVID-19; odontologia, Brasil; epidemiologia