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Alterações fonoaudiológicas em crianças de escolas públicas em Belo Horizonte

Objetivo:

Investigar a prevalência de alterações de linguagem oral, motricidade orofacial e processamento auditivo em crianças de 4-10 anos e verificar a sua associação com a idade e o gênero.

Métodos:

Estudo transversal com amostra aleatória e estratificada, composta por 539 crianças. Foram usados para avaliação protocolo de motricidade orofacial, adaptado do Roteiro para Avaliação Miofuncional; prova de Fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW; e avaliação simplificada do processamento auditivo. Foram feitas análises estatísticas descritivas e de associação com o software Epi Info, versão 6.04. Para comparar as proporções foi empregado o qui-quadrado e para comparar médias foi empregada a análise de variância. Foi considerado significativo p≤0,05.

Resultados:

Das crianças avaliadas, 50,1% apresentaram pelo menos uma das alterações estudadas, 33,6% mostraram alteração de linguagem oral, 17,1% de motricidade orofacial e 27,3% do processamento auditivo. Observou-se associação significativa entre alterações fonoaudiológicas de processamento auditivo, linguagem oral e a faixa etária, o que sugere diminuição do número de crianças com alterações fonoaudiológicas com o aumento da idade. A variável "uma ou mais alterações fonoaudiológicas" também se associou à faixa etária, de maneira similar à acima descrita.

Conclusões:

A prevalência de alterações fonoaudiológicas na população estudada foi considerada alta, o que evidencia a necessidade de pesquisas e ações em saúde para o enfrentamento do problema.

Fonoaudiologia; Saúde escolar; Fala; Transtornos da linguagem


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