RESUMO
Objetivo:
Avaliar a ingestão de vitamina E e sua relação com variáveis sociodemográficas, e identificar as principais fontes alimentares do nutriente na dieta de adolescentes.
Métodos:
Trata-se de estudo transversal de base populacional que utilizou dados de 891 adolescentes residentes em Campinas, SP, participantes do ISACamp 2014/15 (Inquérito de Saúde) e ISACamp-Nutri 2015/16 (Inquérito de Consumo Alimentar e Estado Nutricional). As médias de ingestão do nutriente foram estimadas por meio de modelo linear generalizado, ajustado pela energia total da dieta. As fontes alimentares de vitamina E foram identificadas pelo cálculo de contribuição relativa.
Resultados:
A ingestão média de vitamina E foi de 3,2 mg para os adolescentes de 10 a 13 anos e de 3,5 mg para os de 14 a 19 anos, resultados bem inferiores aos valores recomendados de 9 e 12 mg, respectivamente. A prevalência de inadequação foi de 92,5%. Dez alimentos/grupos alimentares representaram 85,7% da vitamina E presente na dieta dos adolescentes; o grupo dos óleos vegetais totalizou mais de um quarto da contribuição (25,5%), seguido dos biscoitos (9,1%) e dos feijões (8,9%).
Conclusões:
Observou-se baixa ingestão e elevada prevalência de inadequação do consumo de vitamina E nos adolescentes de Campinas, apontando o óleo vegetal como principal fonte. Para o total de adolescentes, quase 33% do teor do nutriente derivava de alimentos de má qualidade nutricional como biscoitos, salgadinhos de pacote e margarina. Os resultados deste estudo podem direcionar ações de saúde pública que objetivem melhorar a qualidade da dieta dos adolescentes.
Palavras-chave:
Adolescente; Vitamina E; Consumo alimentar; Inquéritos epidemiológicos