RESUMO
Objetivo:
Revisar os efeitos da rede de posicionamento nos parâmetros clínicos de recém-nascidos pré-termo (RNPT) admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).
Fontes de dados:
Trata-se de uma revisão sistemática realizada na PubMed, na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) e na Base de Dados em Evidências em Fisioterapia (PEDro). Selecionaram-se estudos de intervenção, nos idiomas inglês, português e espanhol, que avaliaram os efeitos da rede de posicionamento sobre parâmetros clínicos de RNPT admitidos em UTIN. Foram utilizadas três estratégias de busca: hammock positioning OR patient positioning AND intensive care units AND infant, newborn; hammock positioning OR patient positioning AND intensive care units; e hammock positioning OR patient positioning AND intensive care units, neonatal. Não houve restrição quanto ao ano de publicação dos artigos. A qualidade metodológica foi avaliada pela escala PEDro.
Síntese dos dados:
De um total de 597 artigos, apenas seis foram incluídos. As amostras totalizaram 139 neonatos, com idade gestacional entre 26 e 37 semanas e média de peso gestacional <2.240 g. Quatro estudos incluíram pacientes sem nenhuma patologia associada, e a maior parte deles dispôs os RNPT em supino na rede de posicionamento. A duração da intervenção variou de 15 até 180 minutos, e a maioria aplicou essa intervenção em apenas um momento. Foi observada melhora na frequência cardíaca (FC), na frequência respiratória (FR) e na dor (3/4 estudos), além de ganhos na saturação periférica de oxigênio (SpO2) (2/4 estudos). Apenas um artigo relatou piora da SpO2 com a intervenção. A qualidade metodológica foi classificada como baixa.
Conclusões:
Embora a rede de posicionamento pareça causar melhora na FC, na FR e na dor em RNPT, a baixa qualidade metodológica torna inconsistentes os resultados.
Palavras-chave:
Recém-nascido prematuro; Posicionamento do paciente; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal