RESUMO
Objetivo:
Investigar, na literatura científica, de que forma o estilo de apego tem sido estudado nas crianças com doença crônica e as repercussões dessa vinculação nessa população.
Fonte de dados:
Realizou-se uma revisão integrativa da literatura por meio de um levantamento nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) incluindo publicações originais nacionais e internacionais, em português, espanhol e inglês, no período de 2007 a 2018, utilizando-se os descritores apego e criança nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e attachment e children para o Medical Subject Headings (MeSH). Foi obtida uma amostra de 16 artigos para análise.
Síntese dos dados:
As doenças crônicas encontradas na pesquisa foram os distúrbios neurocomportamentais, como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e autismo, obesidade infantil e enxaqueca crônica. O estilo de apego predominante foi o inseguro, o que pode comprometer o desenvolvimento biopsicossocial dessa criança.
Conclusões:
O tipo de vinculação entre criança e cuidador primário pode ser considerado um fator de proteção ou risco para o desenvolvimento infantil. Haja vista essa premissa, é fundamental a instrumentalização das famílias baseada em práticas educativas dialógicas, nas quais os profissionais criam oportunidades e meios para que os familiares desenvolvam suas habilidades e competências e adquiram recursos que atendam às necessidades da criança. É importante que esse profissional auxilie a família a construir bases seguras para a criança com doença crônica, entendendo que é na unidade familiar que está o principal foco de promoção do desenvolvimento infantil.
Palavras-chave:
Apego ao objeto; Criança; Doença crônica