RESUMO
Objetivo:
Descrever a percepção dos fisioterapeutas de unidades neonatais sobre a dor, a utilização de escalas de mensuração e estratégias que a minimizem.
Métodos:
Entrevistas foram realizadas com chefes ou rotinas de fisioterapia em hospitais com unidades neonatais entre 2013 e 2015, no Rio de Janeiro. As perguntas versaram sobre o conhecimento da sensação dolorosa, desde seu reconhecimento até seu cuidado ou tratamento. Foi realizada a descrição dos resultados, comparando-se os dados dos hospitais públicos com os privados (teste exato de Fisher), considerando-se p<0,05 como significante.
Resultados:
Vinte e sete hospitais foram visitados. Todos os profissionais entrevistados (n=27) afirmaram que os recém-nascidos sentem dor, sendo a expressão facial o sinal de dor mais conhecido. Do total de fisioterapeutas entrevistados, 26% acreditam que os neonatos sentem dor na mesma magnitude que o adulto. Entre as escalas, a Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) era a mais conhecida, e apenas 37% das unidades possuíam protocolos de avaliação da dor na rotina. As coletas e as punções foram os procedimentos mais mencionados como causa de dor, e não houve diferença entre os hospitais públicos e privados.
Conclusões:
Constatou-se uma lacuna no conhecimento sobre dor neonatal e como avaliá-la entre os fisioterapeutas participantes, com ausência de sistematização de rotinas assistenciais que envolvam essa aferição.
Palavras-chave:
Dor; Mensuração da dor; Recém-nascido prematuro; Fisioterapia; Terapia intensiva neonatal