RESUMO
Objetivo: Identificar fatores maternos e do recém-nascido que influenciam o crescimento de prematuros menores de 33 semanas aos 24 meses de idade corrigida (IC).
Métodos: Coorte prospectiva de prematuros <33 semanas, egressos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de hospital universitário entre 2019 e 2021, acompanhados no ambulatório de alto risco. Variáveis analisadas: Maternas — aspectos sociodemográficos, morbidades gestacionais, escore de autoeficácia (confiança dos pais na sua capacidade de desempenhar tarefas da parentalidade); Recém-nascido — dados do nascimento, evolução na internação e após a alta hospitalar, medidas de peso, estatura e perímetro cefálico ao nascimento, alta e follow-up (sete avaliações). Desfecho: escores Z das medidas antropométricas e falha no crescimento aos 24 meses de IC. Modelos de regressão logística ou linear hierárquica em blocos foram utilizados para testar associações entre crescimento e variáveis maternas e do recém-nascido.
Resultados: Foram estudados 99 prematuros, com idade gestacional média de 30,2±2,0 semanas. Restrição do crescimento intrauterino (feto que não atinge seu percentual de crescimento por fatores maternos/placentários) e ser pequeno para idade gestacional (abaixo do percentil 10 segundo a curva de Fenton) foram preditores de falha no crescimento. O tempo para atingir dieta plena, a enterocolite necrosante e a autoeficácia materna influenciaram nas medidas antropométricas aos 24 meses.
Conclusões: O crescimento de prematuros nos primeiros 24 meses de IC é influenciado pela condição nutricional ao nascimento, pela evolução nutricional na internação e pela autoeficácia materna. Otimizar as práticas nutricionais para prematuros e estimular a autoeficácia materna são possibilidades de melhorar o crescimento nos primeiros anos.
Palavras-chave:
Recém-nascido prematuro; Crescimento; Fatores de risco; Autoeficácia
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