RESUMO
Objetivo:
Analisar o efeito do peso ao nascer e do ganho ponderal subsequente em crianças com sobrepeso e obesidade com base em avaliações consecutivas de crianças uruguaias vivendo em áreas urbanas.
Métodos:
Foram utilizados dados secundários de medidas antropométricas pediátricas, além de características de saúde e socioeconômicas de famílias incluídas em um inquérito prospectivo e longitudinal de representatividade nacional (“Encuesta de Nutrición, Desarrollo Infantil y Salud”). As associações entre ganho ponderal condicional, sobrepeso e obesidade foram testadas por meio de coeficientes de correlação. Modelos de regressão logística binária multivariada foram construídos para calcular o efeito do peso ao nascer sobre a obesidade infantil e ajustados por covariáveis.
Resultados:
Bebês macrossômicos tiveram um aumento de 70% na prevalência de sobrepeso e obesidade em comparação a bebês não-macrossômicos, quando ajustado por sexo, duração do aleitamento materno exclusivo e renda familiar. A correlação entre ganho ponderal e índice de massa corporal para idade mostrou que a maior diferença (positiva) de escore z entre as medições aumentou os níveis de obesidade.
Conclusões:
Os achados deste estudo sugerem que garantir o peso ideal ao nascer e monitorar e controlar o ganho ponderal subsequente são os primeiros passos para a prevenção primária da obesidade infantil.
Palavras-chave:
Peso ao nascer; Índice de massa corporal; Alterações do peso corporal; Obesidade; Estudos longitudinais