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Prevalência da síndrome metabólica e seus componentes em adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática e metanálise

RESUMO

Objetivo:

Determinar a prevalência da síndrome metabólica (SM) e seus componentes em adolescentes brasileiros.

Fontes de dados:

Realizaram-se buscas nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) por estudos transversais originais publicados entre 2010 e 2021. Os critérios de inclusão foram determinados pelo Mnemônico CoCoPop — Condição, Contexto e População: estudos que determinam a prevalência de SM e seus componentes (condição) na população geral de adolescentes brasileiros, feminino e masculino (população), matriculados em escolas públicas ou privadas em áreas rurais ou urbanas (contexto). Revisões, editoriais, artigos não relacionados com a prevalência de SM ou que incluíssem grupos etários não adolescentes ou com condições de saúde específicas (obesidade/sobrepeso e outros) foram excluídos.

Síntese dos dados:

Quinze estudos, com 43.227 adolescentes, foram identificados. A prevalência de SM (intervalo de confiança — IC95%) no sexo masculino foi de 2,9% (2,65–3,18) e no feminino foi de 2,4% (1,90–2,90) (p<0,001), pelos critérios da Federação Internacional de Diabetes (IDF). Houve diferença significativa na prevalência de SM entre regiões brasileiras (Q=24,7; p<0,001). A menor prevalência de SM (IC95%) foi encontrada em região Norte, com 1,8% (1,52–2,13), e a maior na região Nordeste, com 2,9% (2,62–3,23). Em relação aos componentes da SM, maior prevalência (IC95%) foi encontrada para lipoproteína de baixa densidade (HDL) baixa (22,1%, 12,49–36,17), seguida de obesidade abdominal (11,0%, 8,05–14,94) e hipertensão arterial (10,3%, 7,84–13,48).

Conclusões:

Este estudo permitiu determinar a prevalência da SM e seus componentes em adolescentes brasileiros, destacando aspectos relevantes a serem abordados na gestão da saúde pública.

Palavras-chave:
Síndrome metabólica; Prevalência; Adolescente; Brasil

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