RESUMO
Objetivo: Identificar e sintetizar evidências científicas sobre o uso de máscaras faciais de proteção por crianças, na comunidade e no domicílio, como forma de prevenção de doenças transmissíveis.
Fontes de dados: Revisão de escopo seguindo o método Joana Briggs Institute e o PRISMA-ScR. Realizou-se pesquisa em cinco bases de dados eletrônicas, na Biblioteca Cochrane e em sete sites de instituições governamentais e não governamentais. Os dados foram organizados em planilha e submetidos à análise narrativa.
Síntese dos dados: Inicialmente foram identificadas 658 produções, das quais 19 compuseram a amostra final. Estudos com melhores níveis de evidência são escassos. Os tipos de máscaras identificadas foram as profissionais (cirúrgicas e respiradores faciais com filtragem) e as não profissionais (caseiras). Os agentes transmissíveis estudados foram os vírus influenza e SARS-CoV-2, e os ambientes avaliados foram escolas, domicílios e espaços comunitários. Os principais desconfortos relatados foram calor, falta de ar, dor de cabeça e desajuste ao rosto. A indicação e a aceitabilidade mudam conforme faixa etária e condições clínicas. Não há consenso sobre a redução da transmissibilidade de infecções.
Conclusões: Crianças maiores de 5 anos podem se beneficiar com o uso correto de máscaras, desde que sejam supervisionadas e educadas para isso e que a máscara esteja bem ajustada ao rosto. Há melhores resultados quando seu uso está associado a outras medidas, como distanciamento físico, permanência em locais arejados e higiene frequente das mãos.
Palavras-chave:
Saúde da criança; Dispositivos de proteção respiratória; Transmissão de doença infecciosa
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