RESUMO
Objetivo: Identificar padrões espaciais para óbitos neonatais evitáveis em municípios do estado de São Paulo entre os anos de 2015 e 2019, buscando possíveis correlações com índices socioeconômicos e demográficos.
Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, com dados obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), dos sistemas de informação Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), sobre óbitos evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação, parto e ao recém;-nascido. Foram analisadas e construídas proporções por mil nascidos vivos. As variáveis independentes utilizadas foram a proporção de mães adolescentes; número insuficiente de consultas de pré-natal (0–6 consultas); baixo peso ao nascer (500–2499 g); baixo índice de Apgar no 1º e 5º minuto de vida (0–7), todas utilizadas para o cálculo do Índice de Moran Univariado (IMU). Foram utilizados o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para o cálculo do Índice de Moran Bivariado (IMB). Foram calculados os Índices de Moran Univariado e Bivariado, foram construídos mapas temáticos e box maps, e foi adotado o nível de significância de α<5%.
Resultados: Foram criados quatro mapas temáticos e três box maps para analisar as variáveis dependentes supracitadas. IVS e IDHM, pré-natal inadequado e Apgar reduzido no 1º e 5º minuto apresentaram IMB significativo com óbitos evitáveis na população neonatal. Foi identificada uma concentração de óbitos evitáveis na Região Sul do estado.
Conclusões: Os dados apresentados podem subsidiar os gestores municipais, demonstrando a necessidade de investimentos na saúde materno-infantil.
Palavras-chave:
Mortalidade neonatal; Análise espacial; Assistência pré-natal; Índice de Apgar; Assistência perinatal
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