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Percepção dos pais a respeito do tabagismo passivo na saúde de seus filhos: um estudo etnográfico

Objetivo:

Analisar a percepção dos pais a respeito do tabagismo passivo na saúde de seus filhos.

Métodos:

Estudo qualiquantitativo de caráter etnográfico. Buscou-se o ponto de vista e o conhecimento dos pais fumantes ativos quanto à poluição tabagística ambiental e ao tabagismo passivo. Foram incluídos mães e pais fumantes ativos que conviviam diariamente com seus filhos em sete escolas públicas da cidade de Anápolis (GO) no primeiro semestre de 2014. Os pais foram entrevistados em uma sala reservada nas escolas. Procedeu-se à análise descritiva e qualitativa por meio da etnografia.

Resultados:

A amostra foi de 58 pais, o tempo médio de tabagismo de 15,3 anos e a quantidade média de cigarros fumados por dia de 20,1. Grande parte (59%) dos pais não sabia o que era poluição tabagística ambiental e 60% disseram saber o que era um fumante passivo. Contudo, quando perguntados a respeito de considerarem seus filhos fumantes passivos, 52% não os consideravam. Observou-se que alguns pais têm conhecimento sobre a influência do tabagismo passivo na saúde de seus filhos. Contudo, a maioria (52%) deles acredita que seus filhos podem não sofrer prejuízo respiratório ou não sabem quais prejuízo são esses.

Conclusões:

As crianças analisadas ficavam expostas à poluição tabagística ambiental no domicilio, o que ficou evidente por meio dos dados, do tempo de tabagismo e da média de cigarros fumados por dia. Entretanto, percebeu-se carência no conhecimento dos pais a respeito da poluição tabagística ambiental, do tabagismo passivo e dos males que o cigarro pode causar na saúde dos filhos.

Poluição por fumaça de tabaco; Pais; Criança


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