RESUMO
Objetivo:
Revisar de forma descritiva as repercussões metabólicas e nutricionais da doença hepática crônica, propondo estratégias que aperfeiçoem a terapia nutricional nos períodos pré e pós transplante hepático (TxH), para promover desfechos clínicos favoráveis e crescimento e desenvolvimento adequados, respectivamente.
Fontes de dados:
Pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO dos últimos 30 anos em língua inglesa e portuguesa; população-alvo: crianças da primeira infância até a adolescência; palavras-chave em português e seus correlatos em inglês: “transplante de fígado”, “atresia biliar,” “terapia nutricional”, “estado nutricional” e “criança”; além das lógicas booleanas and e or e da busca manual de artigos.
Síntese dos dados:
A subnutrição em crianças com doença hepática crônica é uma condição muito comum e um importante fator de risco para a morbimortalidade. Ocorre aumento das demandas de energia e proteínas, bem como dificuldades na absorção de carboidratos, lipídeos e de micronutrientes como vitaminas lipossolúveis e alguns minerais. Sugere-se incremento no aporte de energia, carboidratos, proteínas e micronutrientes, sobretudo de vitaminas lipossolúveis, ferro, zinco e cálcio, exceto em casos de encefalopatia hepática (a restrição é indicada por um curto período).
Conclusões:
Com base nas alterações metabólicas, no monitoramento antropométrico e na composição corporal, um plano terapêutico deve ser elaborado, seguindo as recomendações nutricionais disponíveis, com o objetivo de minimizar o impacto negativo da subnutrição nos desfechos clínicos durante e após o transplante hepático.
Palavras-chave:
Atresia biliar; Criança; Estado nutricional; Terapia nutricional; Transplante de fígado