RESUMO
Objetivo:
Apresentar a experiência com a utilização de propranolol em doses fixas, em forma de comprimido, para o tratamento de hemangiomas.
Descrição do caso:
Dois casos ilustrativos de portadores de hemangiomas com menos de seis meses de idade são descritos. O início de tratamento ocorreu nos anos de 2010 e 2011 com seguimento até agosto de 2017. Os pacientes foram tratados com doses fixas iniciais calculadas com limite máximo de 3 mg/kg/dia, divididas em duas doses diárias, sempre com quantidades múltiplas de 5 mg. Os comprimidos de 10 mg ou a sua metade eram macerados e diluídos em 3 mL de água. As doses não foram mais alteradas. Esse uso foi decorrente da ausência da forma líquida de propranolol em 2009, quando começamos a utilizar esse tratamento, sendo então apenas disponíveis comprimidos de 10, 40 e 80 mg. Os pacientes obtiveram melhora acentuada nos primeiros 60 dias e remissão completa posteriormente.
Comentários:
É possível o uso de comprimidos de 10 mg, apesar de resultar numa dose não exata, como a calculada por kg/peso. A manutenção da mesma dose, mesmo com aumento progressivo de peso, pode evitar o efeito rebote e diminuir o índice de complicações.
Palavras-chave:
Hemangioma; Propranolol; Efeito rebote; Criança