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CONSUMO DE ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS ENTRE ESCOLARES DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA

RESUMO

Objetivo:

Comparar e analisar o consumo de alimentos minimamente processados e ultraprocessados entre escolares das redes pública e privada.

Métodos:

Estudo realizado em Uberlândia, MG, com escolares do quinto ano do ensino fundamental em nove escolas (três privadas e seis públicas), selecionados por amostragem estratificada por conglomerado. O consumo alimentar foi analisado utilizando recordatório de 24 horas. Os alimentos foram classificados segundo extensão e propósito do seu processamento em quatro grupos (G): alimentos in natura/minimamente processados (G1), ingredientes culinários (G2), alimentos processados (G3) e ultraprocessados (G4). Os valores energéticos totais (kcal) provenientes de cada grupo, quantidade de açúcar (g), sódio (mg) e fibras (g) foram quantificados e comparados segundo dependência administrativa.

Resultados:

O consumo de energia foi: G1, 52%; G2, 12%; G3, 5%; e G4, 31%. Os valores energéticos provenientes de G1 (53 vs. 47%), G2 (12 vs. 9%) e G3 (6,0 vs. 0,1%), a quantidade de sódio (3.293 vs. 2.724 mg) e a de fibras (23 vs. 18 g) foram superiores em escolares da rede pública. O valor percentual energético do G4 (36 vs. 28%) e a quantidade de açúcar (20 vs. 14%) foram superiores em escolares da rede privada. O consumo do G1 na escola foi superior nos escolares da rede pública (40 vs. 9%).

Conclusões:

Alimentos do G1 representam o maior percentual do valor energético total e do G4, um terço das calorias ingeridas. Suco pronto, biscoito recheado, bolo industrializado, cereais matinais são mais frequentes em escolares da rede privada e salgadinhos e suco em pó nos da rede pública.

Palavras-chave:
Consumo alimentar; Escolares; Alimentos industrializados

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