Resumo:
Apresento neste artigo uma crítica à vertente interpretativa de Oscar de Figueiredo Lustosa, consagrada na obra Os bispos do Brasil e a imprensa, sobre o desenvolvimento da imprensa católica no Brasil. Para tal, enfoco as relações entre a Santa Sé e a hierarquia eclesiástica brasileira desde o final do século XIX até as primeiras décadas do regime republicano. O episcopado brasileiro valorizava a imprensa católica como meio de recristianização social e de combate aos inimigos e aos erros da modernidade. Porém, os investimentos não correspondiam às expectativas da Santa Sé, evidenciando a existência de resistências, tensões e embates às determinações pontifícias e de disputas e embates, em função dos diferentes projetos de recristianização social e de intervenção na sociedade.
Palavras-chave:
Oscar de Figueiredo Lustosa; Imprensa; Catolicismo