Resumo: O artigo destaca o lugar da religiosidade nas relações entre migrantes venezuelanos/as e Igrejas cristãs católica e não católicas em Boa Vista (RR) e Manaus (AM). A intesificação do deslocamento venezuelano pelo Brasil setentrional desde 2015 mobilizou dezenas de instituições de índole religiosa para atuar no acolhimento aos/às migrantes. Modos de acolher e ser acolhido se interseccionam com as variadas religiosidades de quem dá e de quem recebe. O predomínio dos grupos religiosos na prestação de serviços “humanitários” no Brasil reflete uma tendência global de terceirização das políticas governamentais. Igrejas e comunidade de fiéis atuam nas brechas deixadas pela não incidência estatal. Contraditoriamente, de um lado reividicam ações de governo e, por outro, fortalecem práticas neoliberais de acolhimento.
Palavras-chave:
acolhimento; migração venezuelana; religiosidade; Boa Vista; Manaus.