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Dengue: formas clínicas e grupos de risco em município de alta incidência do sudeste do Brasil

INTRODUÇÃO: O artigo descreve o perfil epidemiológico dos casos de dengue ocorridos no município de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, no período de 2000 a 2009, procurando identificar grupos de risco para a incidência e gravidade da doença. MÉTODOS: Os casos de dengue, confirmados em residentes do município no período de dez anos, foram classificados como febre da dengue, febre hemorrágica da dengue, síndrome do choque da dengue e dengue com complicações, e analisados segundo sexo, faixa etária, raça-cor e escolaridade. RESULTADOS: A proporção de casos de dengue foi maior entre mulheres, indivíduos de 20 a 29 anos, e semelhante entre brancos e afrodescendentes. Houve uma diminuição gradual do percentual de casos de dengue na população com 15 anos ou mais, na série histórica de 10 anos, e um aumento crescente em menores de 15 anos de idade, com significância estatística. A taxa de letalidade variou de zero a 0,3% para todas as formas de dengue, e de 0,2% a 18,2% para as formas graves. CONCLUSÕES: O perfil dos acometidos pela dengue no município é semelhante ao do Brasil. O aumento crescente de casos em menores de 15 anos corrobora os resultados de estudos recentes em outros municípios brasileiros.

Febre da dengue; Febre hemorrágica da dengue; Fatores de risco


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