INTRODUÇÃO: A hanseníase no Brasil ainda é um problema de saúde publica e, no Estado do Espírito Santo, Brasil, há várias regiões com elevados níveis endêmicos, fato que o coloca entre os prioritários para o programa de controle da hanseníase. O objetivo deste estudo é determinar a distribuição espacial dos coeficientes de casos novos de hanseníase no Estado do Espírito Santo. MÉTODOS: Estudo descritivo, ecológico baseado na distribuição espacial da hanseníase no Estado do Espírito Santo, entre 2004 e 2009. A fonte de dados utilizada foram os registros disponíveis na Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Na análise espacial, foi aplicado o método bayesiano empírico global e local para produzir uma estimativa do risco da hanseníase, suavizando o efeito da flutuação dos coeficientes de detecção. RESULTADOS: O estudo resultou em ajuste de coeficiente de casos novos em 10 municípios que mudaram de classificação, sendo dois de baixo para médio, quatro de médio para alto, três de alto para muito alto e um município mudou da categoria muito alto para hiperendêmico. Através de um calculo comparativo entre o Ebest Local e o coeficiente médio de detecção de casos novos de hanseníase do Estado do Espírito Santo houve uma variação média de 1,02, flutuando entre zero a 12,39 por 100.000 habitantes. CONCLUSÕES: A análise espacial da hanseníase favorece o estabelecimento de estratégias de controle com uma melhor relação custo-benefício, pois indica regiões específicas e prioritárias, planejando ações a fim de interferir na cadeia de transmissão.
Hanseníase; Epidemiologia; Distribuição espacial