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Estudo sorológico de infecção por hantavírus em humanos na região de fronteira, entre Brasil e Argentina

INTRODUÇÃO: De acordo com relatórios do Ministério da Saúde, na região do extremo oeste do Estado de Santa Catarina, não há relatos de síndrome pulmonar por hantavírus, doença zoonótica transmitida por excretas de roedores contaminados. Com a finalidade de demosntrar a infecção por hantavírus, um estudo soroepidemiológico de moradores da região foi realizado. Assim, foi estudado um total de 340 voluntários de ambos os gêneros, dos municípios de Belmonte e Paraíso. MÉTODOS: O soro destes pacientes foi coletado e usado para a detecção de anticorpos IgG contra a proteína N recombinante de hantavírus Araraquara, pelo teste de ELISA. As amostras positivas foram tituladas e confirmadas por imunofluorescência indireta. RESULTADOS: Este estudo demonstrou a presença de anticorpos IgG contra a proteína N hantavírus em 3,5% da população. A ocupação de lavrador foi a mais frequente, e 81% tiveram contato direto e indireto com os roedores, 91,7% dos casos positivos foram os agricultores, a causa provável da infecção foi através da limpeza de celeiros. Estes anticorpos são notáveis, dado que os níveis de anticorpos são encontrados nos indivíduos cujo contato com o hantavírus pode ter ocorrido há muitos anos. CONCLUSÕES: Este estudo mostra a circulação de hantavírus na região, um fato que até então não havia relatado, todos os reagentes soro tiveram contato com o patógeno, mas não desenvolveram a síndrome pulmonar e cardiovascular. É preciso estar alerta, porque é uma doença grave e emergente com grande importância.

Hantavírus; Soroprevalência de hantavirose em Santa Catarina; Morbidade


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