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Orientações sobre o diagnóstico e tratamento da mielorradiculopatia associada à esquistossomose

A mielorradiculopatia esquistossomótica é a forma ectópica mais grave da infecção pelo Schistosoma mansoni. A prevalência da mielorradiculopatia esquistossomótica em centros médicos no Brasil e em África, especializados no atendimento de pacientes com mielopatia, encontra-se em torno de 5%. Os sintomas e sinais iniciais da doença incluem: dor lombar e/ou dor em membros inferiores, paraparesia, disfunções urinária e intestinal, e impotência no homem. A análise do líqüor destes pacientes revela aumento na concentração de proteínas e no número de células mononucleares em 90% dos casos; a presença de eosinófilos foi documentada em 40%. O uso rotineiro da ressonância magnética tornou-se obrigatório na definição diagnóstica. A exclusão de outras mielopatias e doenças sistêmicas é mandatória. O diagnóstico precoce e o tratamento com corticoesteróides e esquistossomicidas curam a maioria dos pacientes, enquanto o atraso em iniciar o tratamento resulta em seqüelas irreversíveis ou morte. Para melhorar a percepção da importância da mielorradiculopatia associada à esquistossomose, o Ministério da Saúde do Brasil lançou programa de controle dessa forma ectópica da esquistossomose. Nesta revisão, descrevem-se os métodos diagnósticos atuais para o diagnóstico e os protocolos para o tratamento da doença.

Esquistossomose; Neuroesquistossomose; Mielorradiculopatia; Esteróides; Praziquantel


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