INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi o de avaliar os fatores de risco para incapacidade física no momento do diagnóstico. MÉTODOS: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e exploratório de 19.283 pacientes com hanseníase, notificados entre 2000 e 2005, no estado de Minas Gerais, Brasil. RESULTADOS: O risco para desenvolver grau 2 de incapacidade física foi 16,5 vezes maior no paciente com hanseníase virchowiana e 12,8 vezes maior no paciente com a forma dimorfa, quando comparados aos pacientes com a forma indeterminada. A presença de mais de um nervo acometido aumentou o risco de desenvolver grau 2 de incapacidade em 8,4 vezes. A idade inferior a 15 anos, os pacientes multibacilares e a falta de escolaridade aumentaram a chance de deformidades em 7,0, 5,7 e 5,6, respectivamente. CONCLUSÕES: Estes fatores devem ser considerados indicadores importantes do prognóstico para incapacidade física no momento do diagnóstico.
Hanseníase; Incapacidade física; Fatores de risco para deformidade; Hanseníase virchowiana; Prognóstico para incapacidade física