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Circulação do vírus da raiva em morcegos não-hematófagos na cidade do Rio de Janeiro no período entre 2001-2010

INTRODUÇÃO: A raiva é uma das mais letais zoonoses conhecidas, responsável pelo óbito de 55 mil pessoas anualmente. É transmitida ao homem principalmente pela mordida de animais, domésticos ou silvestres, infectados pelo vírus. O presente estudo mostra a circulação deste agente em morcegos não-hematófagos no município do Rio de Janeiro, Brasil. MÉTODOS: Na Seção de Virologia do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, foi realizado um levantamento do número de morcegos recebidos positivos para o diagnóstico. Os animais positivos foram identificados, e o vírus isolado foi submetido à tipificação de variantes antigênicas pela técnica de imunofluorescência indireta, com os resultados comparados com o painel antigênico utilizado pelo Centro de Controle de Doenças (Center of Disease Control -CDC). RESULTADOS: Entre 2001-2010, o laboratório recebeu 555 morcegos nãohematófagos para o diagnóstico da raiva, sendo 135 (35,5%) do município do Rio de Janeiro. Um total de 11 (5,5%) animais foram positivos para a doença. A tipificação antigênica revelou a predominância da variante 3, com nove (81,9%) vírus isolados, um pertencente a variante 4 e outro de uma variante que segrega com a presente em morcegos insetívoros. CONCLUSÕES: Os dados observados no presente estudo demonstraram a presença do vírus da raiva em populações sinantrópicas de morcegos não-hematófagos no município do Rio de Janeiro. A circulação deste agente nesses animais representa um grave risco a saúde humana e animal, e requer atenção e medidas de controle e prevenção por parte das autoridades competentes.

Vírus da raiva; Rio de Janeiro; Morcegos não-hematófagos


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