O objetivo deste estudo foi determinar a oroprevalência do vírus da imunodeficiência humana (HIV-1/2), do vírus linfotrópico humano (HTLV-I/II), da hepatite B (HBV), da hepatitis C (HCV), do Treponema pallidum e do Trypanosoma cruzi em 63 presidiários do sexo masculino em Manhuaçu, Minas Gerais, Brasil e comparar com resultados de doadores de sangue. Os resultados positivos foram: 11/63 (17,5%) para HBV, 5/63 (7,4%) para sífilis, 4/63 (6,3%) para HCV, 3/63 (4,8%) para doença de Chagas, 2/63 (3,2%) para HIV-1/2 e 1/63 (1,6%) para HTLV-I/II. A soroprevalência em prisioneiros foi mais alta que entre doadores de sangue, principalmente para anticorpos anti-HIV-1/2, HCV e HBV. Isso se deve provavelmente ao baixo nível socio-econômico e de escolaridade, proporção elevada de história pregressa de uso de drogas endovenosas e/ou comportamento sexual de risco. Concluímos que prisioneiros constituem um grupo de alto risco para essas doenças e testes de triagem e aconselhamento são recomendados como rotina no ambiente carcerário.
AIDS; HIV-1/2; HTLV-I/II; HCV; HBV; Sífilis; Doença de Chagas