Os autores relatam o caso de um paciente procedente de Bacabal, MA, portador de leishmaniose cutânea difusa (LCD) há 9 anos, apresentando um total de 168 lesões distribuídas pelo corpo, de caráter nódulo tumoral e algumas ulceradas, tendo sido submetido a tratamentos anteriores á base de antimonial pentavalente (gluc antime®) e associação interferom gamma+glucantime® com melhora e posterior recidiva das lesões. Recentemente quando da utilização do medicamento isotianato de pentamidina (pentacarinat® ) na dose de 4mg/kg/peso/dia, aplicados 1M em dias alternados em 3 séries de 20, 10, 10 aplicações com intervalos entre as séries de 3 meses. Na evolução do tratamento desenvolveu um quadro de perda de peso 10kg, polidpsia, poliúria, xerostomia, lesões de membros inferiores com sinais de atividade. Glicemia em jejum 420mg/dl, presença de glicose e corpos cetônicos na urina. Instituída insulinoterapia houve melhora do quadro e retorno dos níveis glicêmicos permanecendo estãvel até o presente momento. Alerta-se os clínicos que devido a disponibilidade da pentamidina como opção terapêutica, a mesma deve ser usada com critérios, obedecendo rigoroso controle laboratorial incluindo os níveis glicêmicos dos pacientes
Leishmaniose cutânea difusa; Isotionato de pentamidina; Diabetes mellitus; Estado do Maranhão