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Níveis séricos de digoxina em pacientes com insuficiência cardíaca secundária à cardiomiopatia da doença de Chagas

INTRODUÇÃO: O propósito deste trabalho foi o de determinar a concentração sérica de digoxina em pacientes com insuficiência cardíaca crônica secundária à cardiomiopatia da doença de Chagas porque pouco se conhece sobre os níveis séricos desse fármaco em pacientes com tal condição clínica. MÉTODOS: Foram recrutados 29 (29%) de 101 pacientes com insuficiência cardíaca crônica secundária à cardiomiopatia da doença de Chagas, os quais estavam sendo tratados com digoxina. Essa droga foi medida no soro desses pacientes pelo método imunoenzimático. RESULTADOS: Treze (45%) pacientes estavam no grau III/ IV da Sociedade Nova-Iorquina de Cardiologia. Os níveis séricos de potássio médio foram 4,3± 0,5 mEq/L, a creatinina sérica média 1,4± 0,3dg/100ml, e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo 34.7± 13. 8%. Os níveis séricos médios de digoxina foram 1,27 (0,55; 1,79)ng/ml. Dezesseis (55%) pacientes apresentaram níveis séricos de digoxina > 1,0ng/ml. Níveis séricos anormais de digoxina foram observados em 13 (45%) pacientes. Os níveis séricos de digoxina correlacionaram moderadamente com os de creatinina (r= 0,39; p< 0,03) e negativamente com os de sodium (r= -0,38; p= 0,03). CONCLUSÕES: Os níveis séricos de digoxina devem ser medidos em pacientes com insuficiência cardíaca crônica secundária à cardiomiopatia da doença de Chagas por causa do potencial para ocorrer toxicidade pela digoxina.

Doença de Chagas; Trypanosomiasis americana; Insuficiência cardíaca crônica; Digoxina; Cardiomiopatia


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