O presente estudo piloto aberto avaliou a eficácia da Azitromicina em pacientes com leishmaniose cutânea, em Araçuaí e Varzelândia, MG. Foram tratados 24 pacientes após exame clínico, teste de Montenegro, e biópsia, e que tivessem menos de seis meses de evolução da doença. Os esquemas de tratamento empregaram doses, pela via oral, de 500 mg por dia durante 3,5 e 10 dias e de 1000 mg durante dois dias. Mensalmente foi realizado controle clínico e quando necessário, repetidos ciclos do medicamento, até reepitelização completa das lesões. Na avaliação final 20 pacientes terminaram o estudo, dos quais 17 (85%) foram curados. O tempo de cura foi de 60 dias em 6 (30%) pacientes, de 90 dias em 7 (35%) e de 120 dias em 4 (20%). Os três pacientes que tiveram falha terapêutica receberam antimonial pentavalente durante 20 dias. Não foram observadas reações adversas ao medicamento e o seguimento até 14 meses pós-tratamento não mostrou recidiva em nenhum dos pacientes. Estes resultados sugerem que a Azitromicina pode ser uma boa opção terapêutica para o tratamento de leishmaniose cutânea causada por Leishmania Viannia brasiliensis.
Leishmaniose cutânea; Azitromicina; Leishmania Viannia brasiliensis