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Co-infecção por dengue e malária na região Amazônica

INTRODUÇÃO: A região Amazônica possui extensas áreas florestadas e ecossistemas naturais, provendo condições favoráveis para a existência de diversos arbovírus. Aproximadamente, 200 arbovírus foram isolados no Brasil, e 40 estão associados com doenças em humanos. Quatro destes 40 são considerados ser de importância para a saúde pública no Brasil: vírus da dengue (1-4), Oropouche, Mayaro e febre amarela. Juntamente com estes vírus, aproximadamente 98% dos casos de malária estão restritos à região da Amazônia Legal. MÉTODOS: O objetivo deste estudo foi investigar a presença de arbovírus em 111 amostras clínicas de sangue de pacientes que residiam em Novo Repartimento (Pará), Plácido de Castro (Acre), Porto Velho (Rondônia) and Amapá (Macapá). O RNA viral foi extraído, RT-PCR foi realizada seguida de uma Multiplex-Nested-PCR, usando primers genéricos e espécie-específicos para Flavivirus, Alphavirus and Orthobunyavirus. RESULTADOS: Detectamos o vírus da dengue, sorotipo 2, em dois pacientes que residiam em Novo Repartimento (Pará), que também tinham infecção por Plasmodium vivax. CONCLUSÕES: Apesar de dados escassos, esta situação, provavelmente, ocorre mais frequência que a detectada na região Amazônica. Definitivamente, é importante lembrar que ambas as doenças possuem achados clínicos similares, assim o diagnóstico deveria ser feito concomitantemente para dengue e malária em pacientes que residem ou estão voltando de áreas onde ambas as doenças são endêmicas.

Arbovírus; Co-infecção; Flavivírus; Dengue; Malária; Região Amazônica


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