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Diagnóstico e sorologia de raiva em morcegos do Estado de São Paulo, Brasil

INTRODUÇÃO: Morcegos são um dos mais importantes reservatórios e vetores do vírus da raiva no mundo. MÉTODOS: No período entre 1998 e 2003, o Centro de Controle de Zoonoses da Cidade de São Paulo realizou o diagnóstico de raiva em 5.670 morcegos utilizando as técnicas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos. Sangue foi coletado de 1.618 espécimes para pesquisa de anticorpos pela técnica de inibição de foco de fluorescência rápida. RESULTADOS: Quarenta e quatro (0,8%) morcegos foram positivos para raiva. A prevalência de anticorpos foi de 5,9% usando 0,5UI/ml como ponto de corte. Os morcegos de hábito alimentar insetívoro (69,8%) e os morcegos da espécie Molossus molossus (51,8%) representaram a maioria da amostra. Entretanto, as mais altas prevalências de anticorpos foram observadas nos morcegos Glossophaga soricina (14/133), Histiotus velatus (16/60), Desmodus rotundus (8/66), Artibeus lituratus (5/54), Nyctinomops macrotis (3/23), Tadarida brasiliensis (3/48), Carollia perspicillata (3/9), Eumops auripendulus (2/30), Nyctinomops laticaudatus (2/16), Sturnira lilium (2/17) e Eumops perotis (1/13). A prevalência de anticorpos foi analisada por espécie, hábito alimentar e sexo. CONCLUSÕES: O expressivo nível de anticorpos associado à baixa positividade para o vírus da raiva entre os morcegos estudados indica que o vírus circula ativamente entre morcegos.

Raiva; Quiróptero; Diagnóstico; Soroprevalência; Brasil


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