Foram analisados os dados clínicos de 182 pacientes com leishmaniose cutânea, provavelmente causada por Leishmania braziliensis braziliensis. Sessenta e oito por cento apresentavam uma única lesão, usualmente uma úlcera, na terça parte inferior anterior da tíbia. Todos os grupos etários estavam representados e muitos apresentaram histórico de um a dois meses. Treze por cento apresentavam lesões fechadas de natureza verrucosa ou em placa. Após tratamento, a evolução destas lesões foi relacionada à regularidade da terapia por antimônio. Embora a cura usualmente ocorresse em três meses, o tempo de cicatrização, após o início de tratamento, foi variável e relativo ao tamanho da lesão (p < 0.01). Em geral a lesão fechava quando era dado suficiente antimônio como tratamento. Sete entre dez pacientes que apresentavam teste cutâneo negativo para leishmania tomavam positivos após o tratamento. Observou-se por fluorescência indireta, um declínio significante nos títulos de anticorpos em pacientes acompanhados durante e após a terapia.
Leishmania braziliensis braziliensis; Apresentação clínica; Evolução; Tratamento