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‘Defensive Liberal Wars’: The Global War on Terror and the Return of Illiberalism in American Foreign Policy

Este trabalho apresenta uma análise das práticas e discursos iliberais da Guerra Global Contra o Terror (GWoT, na sigla em inglês) e demonstra como os Estados Unidos da América usaram o argumento liberal como uma métrica qualitativa do seu sucesso e fracasso na GWoT. Argumento que o “estranhamento do outro” (salafistas jihadistas) – bem como o envolvimento militar no Afeganistão e Iraque foram filosoficamente enraizadas no pensamento liberal de Immanuel Kant e John Stuart Mill, que tradicionalmente têm guiado a política externa estadunidense. Mais significativamente, essas filosofias liberais da história e das relações internacionais têm dentro de si as sementes do iliberalismo ao descrever sociedades/organizações não-liberais e antidemocráticas como “bárbaras” – e, como tal, os principais candidatos para a intervenção e mudança de regime. Predicado nessa lógica, o discurso da GWoT enquadrou a Al Qaeda como uma ameaça existencial chave, não apenas para os Estados Unidos, mas também para o “mundo civilizado” em geral, exigindo então uma “guerra defensiva liberal” em resposta. Foi o sucesso da securitização da Al Qaeda que essencialmente permitiu aos Estados Unidos adotarem políticas profundamente iliberais para combater esta dita ameaça existencial utilizando-se de todos os meios à sua disposição

Liberalismo; Guerra Global ao Terror; Estados Unidos; Immanuel Kant; John Stuart Mill


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