RESUMEN
Introdução:
Investigo se o fato de ser jovem ajudou com que candidatos obtivessem sucesso nas eleições legislativas brasileiras de 2018. As hipóteses de trabalho incluem, além da idade, a interação com variáveis tais como gênero, raça, escolaridade e presença no cargo.
Materiais e Métodos:
Foi feita uma análise descritiva dos dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre os jovens candidatos e eleitos por partido político em 2018 e, em específico, foi realizada uma discussão qualitativa sobre a bancada jovem de um partido de direita (Democratas). Em sequência, utilizo regressões logísticas para testar as hipóteses tanto para a eleição de candidatos jovens à Câmara dos Deputados como às Assembleias Legislativas dos estados.
Resultados:
Os dados mostram que o “fator juventude” aumentou as chances de sucesso eleitoral, principalmente no nível estadual e se combinado com escolaridade. Ser titular do cargo que disputa contribuiu para o sucesso dos candidatos no nível federal. Ser branco facilitou a eleição de jovens aos legislativos estaduais.
Discussão:
O artigo aponta uma tendência parcial de renovação na política, já que a preferência por candidatos mais jovens em 2018 esteve acompanhada por algumas características tradicionais da política.
Palavras-chave
juventude política; eleições de 2018; estudos legislativos; dados eleitorais; renovação política