Trata-se de uma revisão histórica sobre o tratamento utilizado contra a raiva, desde a antigüidade até o momento atual. Pretende-se fazer uma analogia entre o conceito de causa predominante na época, com o tipo de tratamento preconizado. Os gregos antigos tinham a deusa Artemisa como sanadora da raiva e já utilizavam a cauterização da ferida. Os povos do século I conheciam a infecciosidade na saliva de cães raivosos, chamando esse material de veneno ("virus" en latin). Na Idade Média, com um conceito mágico e religioso da saúde, o grande protetor era São Humberto. Com o renascimento surgem novamente muitos experimentos e avanços no conhecimento da doença, que deram as bases para importantes achados. Nessa época predominava a teoria miasmática e de contágio. Pasteur foi um grande opositor da espontaneidade da raiva. No final do século XIX, com os descobrimentos microbianos, Pasteur realizou a grande revolução científica em relação ao tratamento contra a raiva, que é a vacina. Essa atualmente pode ser de tipo nervoso ou não, variando também o número de doses recomendadas. Desenvolveram-se muitos estudos sobre vacinas, entretanto a mais utilizada na América Latina é a de tipo Fuenzalida e Palacios e a recomendada atualmente pela OMS é a de cultivo celular.
Raiva; Vacina anti-rábica