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O impacto da migração na saúde mental das mulheres no pós-parto

RESUMO

OBJETIVO

Avaliar a influência da imigração na saúde psicológica da mulher após o parto.

MÉTODOS

Neste estudo transversal, mulheres imigrantes e portuguesas com partos nos quatro hospitais públicos da região metropolitana de Porto, Portugal, foram contatadas por telefone entre fevereiro e dezembro de 2012, durante o primeiro mês pós-parto, para agendar uma visita domiciliar e preencher um questionário. A maioria das mães imigrantes (76,1%) e das mães portuguesas (80,0%) aceitou participar e aceder a visitas domiciliares, totalizando 89 imigrantes e 188 mulheres portuguesas incluídas no estudo. O questionário incluiu a aplicação de quatro escalas validadas: Inventário de Saúde Mental-5, Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo, Escala de Stress Percebido e Escala de Satisfação com o Suporte Social. As análises estatísticas incluíram os testes t-student, Qui-quadrado ou teste de Fisher e o cálculo de modelos de regressão logística.

RESULTADOS

As imigrantes tiveram risco aumentado de depressão pós-parto (OR 6,444; IC95% 1,858–22,344) e de baixa satisfação com o suporte social (OR = 6,118; IC95% 1,991–18,798). Não houve associação entre migração, stress percebido e saúde mental empobrecida.

CONCLUSÕES

Mães imigrantes apresentam vulnerabilidades aumentadas no período pós-parto, aumentando o risco de depressão pós-parto e havendo menor satisfação com o apoio social recebido.

Migrantes; Gestantes; Depressão Pós-Parto; Estresse Psicológico; Acontecimentos que Mudam a Vida; Saúde Mental; Estudos Transversais

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