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Determinantes da vacinação após reforma do sistema de saúde na Colômbia

OBJETIVO: Analisar o efeito das características do indivíduo carente, da família e do próprio sistema de atendimento com a utilização da vacinação infantil, após a reforma do sistema de saúde, na Colômbia. MÉTODOS: Os dados foram colhidos numa amostra aleatória de assegurados em agregados familiares de baixo rendimento, em Bogotá, em 1999. O padrão analítico e conceitual utilizado baseou-se no Modelo Comportamental de Utilização de Serviços de Saúde de Andersen. Este considera duas unidades de análise para avaliar a vacinação e seus determinantes: 1) a população carente assegurada, inclusive características das crianças e suas famílias; e 2) o sistema de saúde. As análises estatísticas incluíram o teste do qui-quadrado com intervalo de confiança de 95%, modelos de regressão multivariada e coeficiente alfa de Cronbach. RESULTADOS: A análise de regressão mostra que a vacinação esteve relacionada com o tamanho da família (OR=4,3), a área da residência (OR=1,7), a idade da criança (OR=0,7) e os anos de escolaridade do chefe de família (OR=0,5). Também esteve relacionada com as características do sistema de saúde, tais como a disponibilidade de posto de atendimento (OR=6,0), e a informação sobre os programas e horários dos serviços de saúde (OR=2,1). CONCLUSÕES: Os baixos níveis de vacinação e a importante relação que existe com o sistema de atendimento mostram barreiras que devem ser avaliadas e resolvidas. A inexistência de postos com atendimento regular e a deficiente informação à população são fatores que podem limitar a utilização dos serviços.

Vacinação; Programas de imunização; Acesso aos serviços de saúde; Reforma do setor saúde; Colômbia


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