Em condições de laboratório procedeu-se a ensaios visando testar a capacidade vetora para o virus Rocio, da primeira geração de Psorophora ferox, Aedes scapularis e Aedes serratus obtida a partir de especimens coletados na região epidêmica do Estado de São Paulo, Brasil. Psorophora ferox e Aedes scapularis revelaram-se suscetíveis à infecção por via oral e capazes de transmitir o vírus mediante a picada após período adequado de incubação. Para as duas espécies, as ID50 orais não diferiram significativamente. Em Ae. serratus as taxas de infecção nunca ultrapassaram os 36,0% o que impossibilitou o cálculo da ID50 para essa espécie. É improvável que Ae. serratus seja vetor epidemiológicamente importante do vírus Rocio. Discute-se a utilidade da técnica de alimentação "in vitro" para demonstrar a transmissão por mosquitos infectados, e também as dificuldades encontradas ao trabalhar com gerações não colonizadas originárias de especimens coletados no campo.
Vírus da encefalite; Psorophora ferox; Aedes scapularis; Aedes serratus; Insetos vetores; Encefalite epidêmica; Arboviroses