A crescente evidência sobre os vínculos entre consumo de bebidas açucaradas, obesidade e outras doenças crônicas levanta a necessidade de implementar ações políticas que transcendam as intervenções centradas exclusivamente na responsabilidade individual. Temendo que isso afete seus objetivos, a indústria de bebidas açucaradas realiza um extenso lobby político em altas esferas governamentais da região. Essa estratégia tem sido acompanhada dos chamados programas de responsabilidade socioempresarial dirigidos a financiar iniciativas que promovam a atividade física. Esses esforços, aparentemente altruístas, visam melhorar a imagem pública dessas indústrias e obter maior influência política diante de regulações contrárias a seus interesses. Se esse setor da indústria deseja contribuir realmente com o bem-estar humano, como publicamente expressa, deveria evitar obstruir iniciativas dirigidas a regular a comercialização, comércio e oferta de seus produtos.
Nutrição em Saúde Pública; Atividade física; Refrigerantes; Indústria de bebidas gaseificadas; Conflito de interesses