RESUMO
OBJETIVO
Avaliar os fatores associados à perda dentária em adultos a partir da posição e do número de dentes perdidos nos arcos dentários.
MÉTODOS
Estudo transversal, populacional, com adultos participantes do levantamento epidemiológico de saúde bucal de São Paulo em 2015. O desfecho do estudo foi a perda dentária, avaliada pela classificação proposta, a saber: I) perdeu até 12 dentes posteriores; II) perdeu até 12 dentes (incluindo dentes anteriores); e III) perdeu acima de 12 dentes. Realizou-se uma análise em quatro blocos, apoiada em um modelo teórico conceitual adaptado para perdas dentárias. Para a regressão logística multinominal, usou-se “indivíduos que não tenham perdido dentes por cárie ou doença periodontal” como referência (p < 0,05).
RESULTADOS
De 6.051 adultos avaliados, 25,3% (n = 1.530) foram classificados na categoria I, 32,7% (n = 1.977) na II, 9,4% (n = 568) na III e 1,9% (n = 117) eram desdentados totais. A menor renda e escolaridade, a percepção de necessidade de tratamento e última consulta motivada por rotina, dor ou extração foram associados à perda dentária, independentemente da classificação. A avaliação negativa do serviço odontológico esteve associada aos indivíduos que perderam até 12 dentes, tanto anteriores quanto posteriores. O sexo feminino e a presença de bolsa periodontal foram associados a perdas dentárias de até 12 dentes, incluindo anteriores, e acima de 12 dentes. A presença de cárie foi associada aos adultos que perderam até 12 dentes, incluindo dentes anteriores.
CONCLUSÃO
A classificação proposta permitiu a identificação de diferenças entre os fatores associados. Assim, fica evidente a necessidade de considerá-la em estudos futuros.
Adulto; Perda de Dente, epidemiologia; Fatores de Risco; Inquéritos de Saúde Bucal