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Perfil da fragilidade em adultos mais velhos brasileiros: ELSI-Brasil

RESUMO

OBJETIVO

Estimar a prevalência de fragilidade e avaliar os fatores associados na população brasileira, não institucionalizada, com 50 anos ou mais.

MÉTODOS

As análises foram conduzidas em 8.556 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), entre 2015 e 2016. A fragilidade foi definida com base em cinco características: perda de peso, fraqueza, redução de velocidade de marcha, exaustão e baixo nível de atividade física. Os participantes com três ou mais características foram classificados como frágeis. As covariáveis incluíram características sociodemográficas e condições de saúde. As análises multivariadas foram realizadas por meio da regressão de Poisson.

RESULTADOS

A prevalência de fragilidade foi de 9,0% (IC95% 8,0–10,1) na faixa etária de 50 anos ou mais. Na faixa etária de 60 anos ou mais, a prevalência aumentou para 13,5% (IC95% 11,9–15,3) e atingiu 16,2% (IC95% 14,3–18,3) entre aqueles com 65 anos ou mais. Os fatores associados à maior prevalência de fragilidade foram escolaridade mais baixa, residência sem um companheiro(a), condições de saúde (pior autoavaliação da saúde e duas ou mais doenças crônicas) e limitação para realizar atividades básicas da vida diária.

CONCLUSÕES

A prevalência de fragilidade entre brasileiros com 65 anos ou mais é semelhante à observada, na faixa etária correspondente, em países europeus. As piores condições de saúde, a limitação funcional e a baixa escolaridade emergem como os fatores mais fortemente associados à fragilidade nessa população.

Idoso; Envelhecimento; Nível de Saúde; Fatores Socioeconômicos; Inquéritos Epidemiológicos

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