OBJETIVO: Avaliar a infeção e obter o estado adulto do cestóides, provocando-se a reprodução da equinococose em cães a partir do cisto hidático de origem suína. MÉTODOS: Formaram-se dois grupos, um de 5 e outro de 3 cães. Cada animal do grupo experimental recebeu, por via oral, 2 g de membrana germinativa de cisto hidático fértil. O segundo grupo serviu como testemunha. Ambos os grupos foram avaliados de maneira clínica, sorológica e parasitológica. No grupo experimental foi sacrificado um animal no 35º dia da infeção e os outros cada 5 dias até o 55º dia. No segundo grupo, foram sacrificados no 55º dia. Foram encontrados ovos do cestóides em fezes a partir do 51º dia pós-infeção. A avaliação morfológica foi feita por meio de observação microscópica da raspagem de mucosa intestinal. RESULTADOS: Dos 50 cestóides analisados, 10 corresponderam a cada um dos cães infectados, 49 (98%) mostraram 3 proglotides e 1 (2%) continha só 4; 18 (36%) dos cestóides apresentavam um proglotide grávido. Na availação clínica, o número de leucócitos e a quantidade de proteínas plasmáticas foram significantemente maiores no grupo testemunha (P < 0.05); a quantidade de alfa-globulinas foi maior no grupo infectado (P < 0.05). CONCLUSÕES: Os resultados confirmam o ciclo cachorro-porco e uma infecção subclínica nos hospedeiros definitivos, o que dificulta o seu diagnóstico e controle em uma espécie intimamente ligada ao homem.
Equinococose; Infecções por cestóides